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DC Comics planeja para abril o lançamento da versão encadernada
de Aztek, um dos títulos mais elogiados e desconhecidos publicados
nos anos 90.

Aztek chegou às comic shops norte-americanas em 1996. Era uma aposta ousada da editora - unia Grant Morrison, um dos melhores nomes egressos da invasão britânica com anos de 1990, já responsável pelo sucesso de Homem-Animal e Patrulha do Destino, com outro escocês, um ainda novato chamado Mark Millar. Completavam o time os desenhistas Keith Champagne e Steven Harris.

No título, os dois se alternariam nos roteiros para criar uma série ousada, que prometia apresentar novos conceitos no gênero dos super-heróis e, de quebra, virar o Universo DC de cabeça para baixo. O centro da trama era um herói que misturava tecnologia com poderes oriundos de deuses astecas.

O vôo de Aztek foi tão alto quanto suas pretensões: a revista foi um dos mais fervilhantes títulos de heróis daquele ano. Elogiadíssima pela crítica, foi realmente capaz de antecipar conceitos que seriam empregados nos anos seguintes. Mas o público não comprou a idéia - nem as edições. E Aztek foi encerrado abruptamente, deixando dezenas de pontas soltas, no número 10.

O personagem só voltou a aparecer como coadjuvante em algumas HQs escritas por Morrison e no desenho animado da Liga da Justiça. Sua série original ficou no limbo - e as revistas originais se tornaram raridades.

Mas, mais de uma década depois, o cenário mudou. Tanto Morrison quanto Millar se tornaram estrelas dos quadrinhos. O material teve seu apelo renovado por tabela depois de hits como LJA, X-Men, Os Supremos, Authority, Sete Soldados da Vitória e outros.

A edição encadernada, rebatizada JLA presents: Aztek - The ultimate man, compilará pela primeira vez as dez revistas de Aztek, num volume único de 240 páginas a US$ 19,90. Livrarias online norte-americanas já estão oferecendo a pré-venda do produto.