Esquadrão Suicida retorna pelas mãos do produtor executivo de Supernatural
Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo DC, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.
Criado originalmente em 1959, o Esquadrão Suicida era um grupo de criminosos
dispostos a lutar na Segunda Guerra Mundial. Depois, o conceito foi repensado,
e a encarnação mais famosa da equipe surgiu em 1986, ao mostrar supercriminosos
servindo ao governo norte-americano, sob o comando de Amanda Waller, em arriscadas
missões em troca de reduções de suas penas.
Nessa época, a revista escrita por John Ostrander fez muito sucesso e durou
66 edições. Depois do cancelamento, o grupo teve aparições em diversas séries
do Universo DC, mas com uma presença menos marcante. Até
que, em 2001, um novo título foi lançado com roteiros de Keith Giffen, mas
durou apenas 12 números. Já em 2007, Ostrander retornou com uma minissérie
em oito partes.
Agora, como parte da reformulação da DC
Comics, a equipe ganha uma nova revista mensal, com roteiros
de Adam Glass, produtor executivo da série de televisão Supernatural.
Em entrevista à revista TV Guide, Glass falou um pouco mais
sobre o título, que ainda mostrará supervilões comandados por Amanda Waller.
"Espionagem não é fácil, normalmente as coisas ficam feias bem rápido", disse
o autor. "Amanda limpa a sujeira que mais ninguém quer se envolver. Se você
ouvir o nome dela, saberá que algo não está certo."
A equipe será formada por alguns vilões mais conhecidos, com outros mais obscuros.
Dentre eles está Arlequina, a ex-psiquiatra apaixonada pelo Coringa. "Vamos
vê-la operar fora do raio de ação do Coringa, sem aquela obsessão por ele.
Ela é muito inteligente, e vamos explorar isso, mas sem perder o humor característico
dela. Ela é engraçada, sexy e maluca", garante.
Os outros membros serão Pistoleiro - figurinha carimbada de encarnações anteriores
do grupo -, Tubarão Rei, o religioso em busca de redenção El Diablo, o vigilante
Aranha Negra, o chantagista Savant e Voltaic, que faz sua estreia. Mas não
espere ver sempre os mesmos personagens no Esquadrão Suicida. Como o nome
dá a entender, alguns não sairão vivos das missões, e isso provocará
uma certa rotatividade de integrantes.
"Adoro super-heróis, mas gosto também desse lado mais sombrio e de lidar com
a moralidade dos personagens. E esses são perfeitos para isso. Eles
não são heróis, mas, como todo mundo, quando se está em certas situações
até a pior das pessoas descobre um pouco de herói dentro de si", compara Glass.
Ele também opinou sobre a reformulação da DC e a nova jornada da editora. "Mudança nunca é fácil, mas é sempre inevitável. É animador sair em busca de uma nova geração de leitores sem esquecer dos antigos. Como um desses fãs, é muito bom fazer parte de algo assim", encerrou.