Desde
sua primeira aparição, em 1929, nas páginas do jornal Le Petit Vingtième,
com a história Tintin Reporter du "Petit Vingtième" au Pays des Soviets,
Tintim dava mostras evidentes que se tornaria um personagem cosmopolita.
E isso acabou virando realidade, com seu enorme sucesso no mundo inteiro.

Mesmo 20 anos após a morte de seu criador, o belga Hergé, Tintim continua
firme e forte em vários países. Prova disso é a exposição ¡Rayos y
truenos! Tintín y el mar de leyenda (Raios e Trovões! Tintim e
o mar de lenda), que foi inaugurada em junho e ficará aberta ao público
até o dia 31 de janeiro de 2004, no Museu Marítimo de Barcelona,
na Espanha.

A mostra é um passeio pelas viagens imaginadas por Hergé para seu personagem.
O cenário foi dividido em cinco módulos: Os mares do Oriente, Os mares
do Norte, Do Atlântico ao Pacífico, O mar de lenda e O Oceano Hergé.
A exposição foi organizada pelo museu espanhol e pela Fundação
Hergé.

Segundo Joan Manuel Soldevilla, organizador do evento, Hergé forjou com
Tintim um mundo de ficção realmente extraordinário, que se enraizou profundamente
na memória das pessoas. "A exposição mostra os mares que o artista escolheu
como cenário quando criou esse fantástico universo", explicou.

Cada módulo da mostra possui instalações interativas de luz e som, projeções,
artes originais de Hergé, objetos, ilustrações e uma vasta documentação
sobre Tintim e suas aventuras. A intenção é transmitir aos visitantes
as sensações Hergé soube captar do mar nas tramas que engendrou.

O mar sempre mereceu bastante espaço na obra de Hergé. Afinal, em 15 dos
23 álbuns de Tintim há barcos.Por isso ¡Rayos y truenos! Tintín y el
mar de leyenda é uma autêntica travessia pelo universo de Tintim,
Milú, Capitão Haddock e outros personagens inesquecíveis.

Pena que exposições de quadrinhos como esta não atravessam o oceano, nem
aportam em praias brasileiras...