Faleceu Alfonso Azpiri
O desenhista Alfonso Azpiri Mejía faleceu em 18 de agosto de 2017.
Azpiri nasceu em Madri, na Espanha, em 1947. Sua carreira nos quadrinhos começou na década de 1970. Suas primeiras HQs foram publicadas na revista Trinca, em 1971: Dos Fugitivos en Malasia, com texto de Fernando Manuel Sesén; e Alpha Cosmos, com enredo de Carlos Buiza e Carlos Saiz Cidoncha.
Em 1976, fez diversas histórias para a publicação em fascículos Muerde, com texto de A.C. Lobo. Era um material erótico, com um toque de humor. Muitas delas foram lançadas no mercado italiano, como Terror Blu, Il Vampiro e I Notturni. As HQs eróticas se tornaram uma de suas especialidades.
De volta ao mercado espanhol, ele produziu material para o mercado infantojuvenil, na revista El Acordeón, em 1976. Depois, fez Zephyd (1978), com enredos de Carlos Saiz Cidoncha e Lorna (1979).
Na década de 1980, publicou diversas histórias na Cimoc, incluindo Lorna e Lorna y su Robot (1984). Azpiri também ilustrou El Comic Vivo para a revista Comix Internacional; Pesadillas, em 1984. Seu trabalho de erotismo misturado com horror, fantasia e ficção, o levou a produzir várias HQs para as revistas Heavy Metal e, mais tarde, Penthouse Comix, com a série Bethlehem Steele.
Em 1988, lançou Mót, no suplemento juvenil El Pequeño País, do jornal El País. Este material foi recompilado numa edição encadernada e serviu de base para um desenho animado exibido na Espanha e na França, no Canal Plus.
Nessa época, ele passou a colaborar com a indústria de videogames. Lorna foi adaptado como um jogo eletrônico pela Topo Soft e Mot, pela Opera Soft.
Seus personagens mais conhecidos são Lorna, uma espécie de Barbarella; e Chang, um artista marcial que também era detetive e teve diversas histórias publicadas na França.
Azpiri tinha um traço estilizado. bastante elegante e fácil de reconhecer.
Recentemente, o autor também estava produzindo ilustrações para a indústria cinematográfica.