O
desenhista argentino Carlos Meglia (nascido em 11 de dezembro de 1957,
em Quilmes) faleceu na última quinta-feira, 15 de agosto, por complicações
de um derrame relacionado com a aorta. Meglia tinha 50 anos de idade.

Sua carreira começou em 1974, como assistente do artista Oswal. Em 1979,
Meglia ilustrou uma Bíblia para crianças, Don Quixote, e muitos
livros do poeta Martin Fierro.

Na década de 1980, ele trabalhou com quadrinhos e animação. Em 1983, desenhou
uma HQ curta para a editora Record. Em 1984, se dedicou
à animação, na sucursal argentina da Hanna-Barbera, dirigida
por Jaime Díaz, trabalhando nas séries Smurfs, Flintstones
e Scooby-Doo.

O ano de 1987 marcou sua carreira, com o início de uma parceria entre
Meglia e Carlos Trillo, na série Irish Coffee. A dupla também
criou Cybersix, em 1991, que rendeu a Meglia o prêmio italiano
Caran D'Ache, no ano de 1995.

No final da década de 1990, Meglia mudou-se para a Espanha, seguindo a
trilha de outros artistas argentinos. Foi nesse período que passou a trabalhar
para o mercado norte-americano, desenhando inicialmente para a Dark
Horse (Star Wars e Spyboy).

Para a Wildstorm Meglia desenhou um especial de Crimson
(série de Bryan Augustin e Humberto Ramos).

Na DC,
seu trabalho de maior destaque foi Superman/Tarzan (publicado
no Brasil pela Pandora Books).

Seu trabalho mais recente, a série Canari (com roteiros de Didier
Crisse), tem dois volumes publicados na Europa, pela editora Soleil.