Faleceu o desenhista francês Siné
O desenhista francês Maurice Albert Sinet, mais conhecido pelo pseudônimo Siné, faleceu no último dia 5 de maio, em Paris, aos 87 anos de idade.
O óbito foi divulgado na página do Facebook da revista Siné Mensuel. Ele estava internado no hospital Bichat-Claude-Bernard e faleceu após uma cirurgia pulmonar.
Segundo o advogado da família Siné, Dominique Tricaud, mesmo bastante doente ele ainda ilustrou a capa da última edição de Siné Mensuel.
O artista nasceu em 31 de dezembro de 1928, em Paris, França. Ele era um participante tradicional da revista Charlie Hebdo, desde 1981, quando iniciou a seção Siné sème sa zone. Em 2008, foi acusado de anti-semitismo, mas mesmo se defendendo e refutando essa acusação, foi afastado da publicação pelo diretor do semanário na época, Philippe Val.
O episódio em questão foi um grande escândalo na França. A crônica causadora da polêmica era irônica. Ele sugeria que Jean Sarkozy - filho do então presidente francês Nicolas sarkozy -, de orientação católica, poderia se converter ao judaísmo após seu casamento com Jessica Sebaoun-Darty, a filha do fundador das lojas Darty. Sua motivação seria a ambição.
Na época, jornalistas e intelectuais se dividiram em duas facções, pró-Siné ou pró-Val. Siné foi absolvido pela corte criminal de Lyon, que considerou que ele estava exercendo seu direito à sátira. A Charlie Hebdo foi condenada a pagar por danos morais e financeiros.
Pouco tempo depois, ele fundou a revista semanária Siné Hebdo, que naufragou em abril de 2010. Em setembro de 2011, ele lançou o título Siné Mensuel, a despeito de suas dificuldades financeiras e de saúde.
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