Faleceu o ilustrador Benício
Faleceu hoje, aos 84 anos, José Luís Benicio da Fonseca, também conhecido como Benício. Ele nasceu em Rio Pardo/RS, no dia 14 de dezembro de 1936.
Benício foi pianista, carreira que durou pouco, desenhista e ilustrador premiado. Chegou a emprestar sua arte para as histórias em quadrinhos, mas não se adaptou ao meio.
No ramo da publicidade, passou por algumas das mais importantes agências do Brasil, como McCann Erickson, Denison e Artplan, ilustrando campanhas de marcas como Coca-Cola, Esso, Banco do Brasil e Rock'n Rio.
O autor assinou mais de duas mil capas de livros de bolso, que eram vendidos em bancas de jornal, da Editora Monterrey. Grande parte com a heroína Brigitte Montfort, a espiã norte-americana que teve cerca de 1,5 mil volumes publicados em quatro décadas e se tornou um fenômeno no mercado brasileiro, além da série Memórias secretas de Giselle, a espiã nua que abalou Paris, dentre outras.
A partir da década de 1970, ele se tornou um famoso ilustrador de cartazes do cinema nacional, produzindo mais de 300 deles, como os dos filmes dos Trapalhões e de clássicos do cinema nacional, como Dona Flor e seus Dois Maridos.
Com seu traço realista, também retratou de filmes como A Madona de Cedro, Independência ou Morte, dezenas de pornochanchadas (como o Histórias que nossas babás não contavam) e também Pelé Eterno.
Benício também ilustrou projetos de arquitetura e assinou trabalhos para as revistas como Veja, Playboy e Isto É.
Em 2012, a editora Opera Graphica lançou o livro E Benicio criou a mulher, do jornalista Gonçalo Junior, uma revisão ampliada e reescrita de uma obra do mesmo autor lançada em 2006, contando a história pessoal e profissional desse artista.