O
desenhista americano Michael Turner, de apenas 37 anos de idade, faleceu
em Santa Monica (na Califórnia, Estados Unidos), no dia 27 de junho, por
volta da 22h40min, vítima de complicações de saúde, depois de uma batalha
contra o câncer que já durava
oito anos.

A notícia foi divulgada por Vince Hernandez, da Aspen
MLT, companhia da qual Turner foi um dos fundadores.

Turner, que sofreu bastante com a doença - um tipo de câncer ósseo que
ataca a cartilagem - sempre foi muito franco sobre o problema.

Nascido em 21 de abril de 1971, em Crossville, no Tennessee, sua carreira
começou na Top
Cow, depois que foi descoberto por Marc Silvestri. Nessa
editora, ele se destacou no título Witchblade.

No final de 2002, Turner deixou a Top Cow para fundar
sua empresa, a Aspen, levando três conceitos (Soulfire,
Fathom e Ekos) criados por ele e que resultaram numa briga
judicial por direitos autorais com a editora de Silvestri.

O artista também se destacou fazendo capas para a DC
(Supergirl, Crise de Identidade, Superman) e a Marvel
(Guerra Civil e Wolverine Origens).

Seus últimos trabalhos para a "Casa das Idéias" foram as capas de Wolverine
#66, Ultimate Origins #1 e uma alternativa para Uncanny
X-Men #500.

Sua saúde o afastou dos quadrinhos algumas vezes. Recentemente, ele interrompeu
seu trabalho na revista Soulfire,
da Aspen.

Apesar de todos os problemas e sacrifícios, Turner sempre fez questão
de participar dos eventos de quadrinhos. Sua atitude alegre e entusiástica,
a despeito das dificuldades pessoais, são algumas das qualidades mais
lembradas por todos que o conheceram.

Embora muito respeitado por sua luta contra o câncer, seu trabalho como
capista foi alvo de criticas e polêmicas, principalmente pelos exageros
na estilização das figuras femininas. Fato que não afetou sua popularidade
com os fãs, visto que nos últimos anos ele foi um dos mais requisitados
pelas duas maiores editoras de quadrinhos dos Estados Unidos para desenhar
capas de HQs.