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Festival de Angoulême está com problemas para edição de 2010

11 novembro 2009

Festival de AngoulêmeUma
disputa política e muitas despesas podem impedir a realização do Festival
de Angoulême
, um dos eventos de quadrinhos mais importantes da
Europa, em 2010.

Há poucos dias do início da divulgação do Festival para
a Imprensa, surge a notícia da disputa entre a prefeitura de Angoulême
e a organização do evento, e que o 37º Festival de Angoulême,
programado para acontecer entre 28 e 31 de janeiro de 2010, poderia ser
cancelado sem rodeios.

Frank Bondoux, diretor-geral do evento, parece estar jogando uma cartada
política para pressionar a prefeitura da cidade, ou mais precisamente
o prefeito Philippe Lavaud, há poucas semanas das eleições regionais.

Curiosamente, nenhum governo fez mais pelos quadrinhos, afinal, a prefeitura
de Angoulême tem um contrato de três anos com o evento, proporcionando
subsídios financeiros que totalizam um milhão de euros (aproximadamente
R$ 2.560.000,00).

Mas a despesa não acaba aí. Outras entidades do governo regional participam
dessa fatia do bolo com um total de 250 mil euros. O resto é coberto pelo
Ministério da Cultura, patrocínio privado (como por exemplo, da companhia
ferroviária francesa e da livraria FNAC) e até de bancos.

A briga com a prefeitura está em torno do custo técnico de montagem e
desmontagem das centenas de barracas de exposição, uso dos funcionários
municipais e fornecimento de materiais de todos os gêneros, somando um
custo que gira em torno dos 400 mil euros.

A prefeitura pretende reduzir estes benefícios para 2010, pois, para Lavaud,
não há como justificar estes custos, afinal estas barracas são
usadas em atividades comerciais.

O prefeito afirma que quer moralizar o uso do dinheiro publico, e quer
que esta conta seja dividida entre a prefeitura e os expositores que usam
as barracas para o comércio de produtos relacionados com o Festival
e com os quadrinhos.

Parte do problema e da sua solução parece estar nos contratos de prestação
de serviço assinados entre o evento e a prefeitura.

A prefeitura insiste que a interpretação de Frank Bondoux (o diretor-geral
do evento, e proprietário da empresa que o realiza desde 2007, de acordo
com uma série de leis e concessões) do contrato está errada.

Apesar disso, o prefeito Lavaud garantiu que o problema será resolvido
nas próximas reuniões.

Independentemente disso, essa pressão aparente de Bondoux num momento
próximo das eleições, pode ter criado um sério problema para a captação
de recursos e a realização de festivais futuros.

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