FIQ, de Belo Horizonte, já tem nove convidados internacionais confirmados
O
Festival Internacional de Quadrinhos, que acontece a cada dois
anos em Belo Horizonte, organizado pela Casa
21 e pela Fundação Municipal de Cultura da capital mineira,
será realizado de 16 a 21 de outubro. O evento já tem nove convidados
internacionais confirmados. Confira-os abaixo.
Giancarlo
Berardi - Roteirista italiano do clássico Ken Parker e de J.
Kendall - Aventuras de uma Criminóloga (Julia, no original),
uma das melhores revistas presentes nas nossas bancas atualmente, publicada
pela Mythos
Editora.
Carlos Sampayo - Este roteirista argentino radicado na Espanha ficou famoso
por sua parceria com o desenhista José Muñoz, especialmente na série Alack
Sinner. Por aqui, a L±
publicou um álbum da dupla: Billie Holliday.
Mandrafina - O argentino Domingo "Cacho" Mandrafina é uma das tantas feras
do traço de seu país. Por aqui, infelizmente, seu trabalho não é tão conhecido,
mas em 2003
a Comix trouxe
para o Brasil alguns álbuns da editora portuguesa Vitamina BD desenhados
por ele, como Iguana e A Grande Farsa.
Juan
Sáenz Valiente - Talentoso desenhista argentino da nova geração, foi premiado
em Angoulême, na França, em 2005, como melhor jovem artista, pelo álbum
Sarna. A obra foi escrita pelo ótimo Carlos Trillo e foi publicada
também na França, pela Albin Michel.
Eduardo Risso - Conhecido pelos leitores brasileiros pela exuberante arte
da série 100 Balas, atualmente sendo publicada pela Pixel
Media, é um dos melhores narradores gráficos do planeta. Já esteve
no Brasil em 2002, quando concedeu uma entrevista
exclusiva ao Universo HQ.
Ethan
Van Sciver - Eleito pela revista Wizard o melhor desenhista de
2005, vem ganhando mais espaço a cada ano no mercado de super-heróis.
No Brasil já teve vários trabalhos publicados (pela Panini
Comics), entre eles a minissérie Lanterna Verde - Renascimento,
que narra o retorno de Hal Jordan.
Melinda Gebbie - A esposa do roteirista britânico Alan Moore é norte-americana,
mas reside na Inglaterra. Seu trabalho passou a ser mais conhecido no
Brasil com o recente lançamento, pela Devir,
do primeiro álbum de Lost Girls, escrito por Moore.
Pascal
Rabaté - É totalmente desconhecido no Brasil, mas estreou como quadrinhista
em 1989. Durante o festival, os presentes poderão conhecer seu trabalho
em álbuns como À Table, Signé Raoul, Les Pieds Dedans,
Dans les Vignes du Seigneur e outros.
Benoît Sokal - Seu personagem mais famoso é o Inspetor Canardo, um pato
detetive que aparece sempre fumando ou tomando umas e outras. Pouco conhecido
no Brasil, este autor belga começou a carreira em 1978, publicando na
revista À Suivre. Versátil, tem trabalhos também com traço realista,
caso de Sanguine.
Além desses nomes, a organização do FIQ está em negociação com
mais um artista francês e com dois japoneses: Yoshihiro Tatsumi, de Mulheres,
lançado em maio pela Zarabatana,
e Kyo Hatsuki, a autora de Love Junkies, publicado mensalmente
pela JBC.
Se os japoneses vierem, esta edição do evento se consolidará como a mais
abrangente, no que tange aos gêneros de quadrinhos, com representantes
dos fumetti, das bandes dessinées, dos comics, dos
mangás e até da escola argentina.
Shimamoto
homenageado
O autor brasileiro homenageado pelo FIQ será Julio Shimamoto, que
terá uma ampla exposição de seus trabalhos e assina o cartaz do evento
- ainda não divulgado.
Além de Shima, como é carinhosamente chamado por fãs e amigos este mestre
do quadrinho nacional, vários outros brasileiros devem ser convidados
para o evento. Segundo Roberto Ribeiro, diretor da Casa 21, alguns
nomes cotados são: Fido Nesti, Luis Augusto (Fala, Menino!), Renato
Guedes, Ivan Reis, José Aguiar, Santiago, Adão Iturrusgarai, Laerte, Bira
Dantas, Fábio Zimbres, Eloar Guazzelli, Gabriel Bá e Fábio Moon e outros.
Como acontece a cada edição, um ilustrador também ganha uma exposição
como reconhecimento à sua obra. O escolhido desta vez é Orlando Pedroso.
Exposições
Nesta edição, os fãs de super-heróis terão oportunidade de presenciar
uma exposição do seu gênero favorito de quadrinhos: a mostra Super-heróis
entre nós, do colecionador paulista Ivan Freitas da Costa, que tem
dezenas de originais de feras como Alex Ross, George Pérez, Mike Mignola,
Phil Jimenez e outros.
Os autores franceses também terão exposições individuais, mas a grande
novidade vinda da terra de Asterix é uma biblioteca itinerante de 500
obras atuais, que ficarão à disposição para as pessoas lerem.
Haverá ainda mostras com originais de revista argentina Fierro,
com artes da série Julia, da Sergio Bonelli Editore, e com
acetatos de animês. Este ano, o Japão é o país homenageado pelo FIQ.
Outra atração inusitada será proporcionada por colecionadores de automóveis
de Belo Horizonte, que exporão seis carros que aparecem nas histórias
de Tintim, o que servirá também para relembrar o centenário de Hergé,
o criador do personagem.
O 5º Festival Internacional de Quadrinhos também terá uma intensa
programação de oficinas, palestras e debates, com a participação dos convidados.
O evento, realmente, promete.