Histórias de Guerra traz o talento de Eugênio Colonnese
De todos os gêneros de quadrinhos já abordados por artistas nacionais, o de guerra talvez seja o que vem sendo menos explorado nos últimos anos.
Curiosamente, nos tempos recentes temos observado novas guerras, cada vez mais cruéis e aparentemente sem motivos justificáveis. Enquanto que o quadrinho americano vem explorando o tema, os autores brasileiros já não produzem novas histórias.
Mas o passado dos quadrinhos nacionais é repleto de excelentes exemplos de como se fazer uma boa história de guerra. É o caso de várias feitas por Eugênio Colonnese - algumas delas já publicadas no álbum O Espírito da Guerra da Opera Graphica.
Mais uma vez Colonnese - o "general" do lápis e imaginação - emprega sua habilidade em seis histórias de guerra, no novo álbum da Opera, Histórias de Guerra (formato 16 x 23 cm, 80 páginas, R$ 12,90). Desta vez, entretanto, o desenhista conta com a colaboração de Gian Danton nos diálogos (a partir das histórias escritas originalmente por Luiz Merí) para narrar cada episódio. O texto de Danton entra fundo na psique dos personagens, explorando as motivações de cada elemento envolvido, e por conseguinte, dando mais verossimilhança as tramas, numa perfeita combinação de roteiro e arte.
Gian Danton é o pseudônimo literário do Professor Ivan Carlo Andrade de Oliveira. Mestre em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo e autor de várias obras de ficção.
Eugênio Colonnese nasceu na Itália, mas adotou o Brasil como pátria, em 1964. Dono de um traço limpo e acadêmico, construiu uma brilhante carreira de autor de personagens e quadrinhos antológicos: o monstruoso Morto do Pântano, o super-herói Mylar, o cowboy circense Beto Carrero, e emocionantes histórias de guerra.