HQ conta a história de sobreviventes da bomba atômica
O livro-reportagem Projeto Hibakusha contará, em forma de história em quadrinhos, os relatos de sobreviventes do bombardeio de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945. A bomba atômica, a primeira usada para a guerra em toda a história da humanidade, matou cerca de 70 mil pessoas instantaneamente, começando a dar um fim para a Segunda Guerra Mundial.
Para viabilizar sua publicação, o título está na plataforma Catarse.
Na HQ, o leitor acompanha a história de um jornalista brasileiro enquanto ele tenta encontrar respostas para algumas perguntas. “O que a bomba atômica significou para as pessoas que estavam lá naquele dia histórico? Quem são elas e que tipo de sentido elas extraíram daquela experiência terrível? E quais sentidos restam para nós construirmos a partir da barbárie, 75 anos depois da explosão?”, conta o idealizador do projeto, o jornalista e professor universitário Guilherme Profeta, que assina a reportagem e o roteiro do livro.
O projeto gráfico, por sua vez, leva a assinatura da designer Priscila Nakajima, cuja família é originária de Hiroshima.
A obra foi concebida e produzida num período de aproximadamente dois anos, entre 2018 e 2020, incluindo a observação em campo, no Japão, e entrevistas com dois sobreviventes que atualmente residem na cidade de São Paulo: Takashi Morita e Junko Watanabe.
Takashi era um jovem de apenas 21 anos quando a bomba explodiu. Como membro da Polícia Militar do Exército Imperial, ele estava em Hiroshima no fatídico 6 de agosto, a 1.300 metros do epicentro. Ele presenciou em primeira mão todos os horrores da bomba atômica, como a cidade em chamas, o dia que virou noite, a chuva negra, os corpos carbonizados, as pessoas caminhando trôpegas como zumbis e os rios cheios de cadáveres.
Em 1945, Junko era apenas uma criança, mas apesar das memórias incompletas, ela também sofreu as consequências da bomba.
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