Se
você estiver passando por uma banca e “topar” com uma capa com colorido
chamativo e título estrangeiro, não se engane: trata-se de Ronin Soul
(série bimestral, 24 páginas coloridas, R$ 6,90), HQ brasileiríssima que
acaba de chegar às bancas pela Nomad Editora. E o resultado impressiona.

Texto bem escrito, arte competente e um trabalho de colorização belíssimo,
num papel excelente. Mas o melhor de tudo é que a trama foi bem desenvolvida
e chama a atenção do leitor, com um bom gancho para o próximo número.

O roteiro é assinado por Fabrício Velasco, com arte de Rod Pereira e cores
deste último e de Salvatore Aiala, que responde também pelos cenários
de algumas páginas da obra.

A
história começa no Japão do século XVI, onde viviam nas montanhas Iga
quatro samurais que entraram para a história do Japão:Hattori Hanzo, Hattori
Shinkuro, Hattori Naizo e Hattori Denemon. Em 1581, eles ficaram entre
os poucos sobreviventes de um ataque executado por exército de 46 mil
homens, comandados pelo general Oda Nobunaga.

O que o inimigo queria realmente era obter a lendária Ten Ganseki, a esfera
da vida, guardada há trezentos anos, em segredo, em Iga. Para defendê-la,
os quatro heróis lutaram, em um cerco de sete dias e seis noites e tiveram
suas vidas mudadas para sempre.

Eles
prometeram proteger ao seu líder que protegeriam a esfera com suas vidas,
só não imaginavam que esse vínculo se estenderia também em suas próximas
vidas.

A idéia para a trama nasceu em 1994, e demorou quase dez anos para os
autores começarem os primeiros esboços. Aliás, vale conferir um pouco
sobre a obra no site
oficial. Após um longo processo de produção, Ronin Soul chega
às bancas com uma expressiva tiragem de 35 mil exemplares e distribuição
nacional, pela Dinap.

Fica a torcida para que as vendas façam jus ao impacto inicial que a obra
proporciona. Por enquanto, Ronin Soul não fica devendo nada às
HQs estrangeiras em bancas. Que continue assim nos próximos números.