John Byrne e sua volta ao Superman
"Pensei
sobre isso por cerca de três segundos e disse: Claro".
Foi assim que John Byrne, após receber uma ligação de Dan Didio, Editor
Executivo da DC Comics, retornou a um dos personagens que ajudou
a revigorar no passado. Mas, agora, apenas para cuidar do lápis do Homem
de Aço nas páginas da tradicional Action Comics, com roteiros de
Gail Simone (Aves de Rapina).
Combinação que, até o momento, deu resultados positivos: as duas primeiras
edições com a nova equipe criativa esgotaram.
Entretanto, o relacionamento entre Byrne e o Superman não pode ser considerado
o mesmo: o artista afirmou precisar de diversas referências para se orientar
na atual versão do último filho de Krypton. "Eu não posso desenhar a minha
versão do Jimmy Olsen, por exemplo, porque o Jimmy Olsen não se parece
com o jeito de antes. Nem a Lois. Ou o Perry", declarou, concluindo que
parte do trabalho dava a sensação de estar fazendo um personagem completamente
novo e diferente.
Ele
também comentou sobre a sua vontade de trabalhar com a escritora Gail
Simone no passado, e que só agora tiveram tal oportunidade. Mas John Byrne
não seria John Byrne sem um pouco de polêmica: "Quando eu aceitei a tarefa,
nenhum escritor havia sido contatado ainda. Na verdade, concordei com
o trabalho só com uma cláusula escapatória, caso o escritor que surgisse
fosse alguém com quem eu não gostaria de trabalhar".
Mas Simone e Byrne estão se dando bem. Principalmente considerando que
o lendário artista classificou seu trabalho na Action Comics como
sendo uma arte-robótica: "Gail está trabalhando com roteiro completo,
e eles são enviados a mim, e eu desenho o que me dizem para desenhar",
explicou, dizendo ainda ter realizado uma ou outra modificação em alguns
quadros, mas nada fugindo do trabalho mecânico em questão.
O trabalho de John Byrne na revista e também nas séries Blood of the
Demon e Doom Patrol ainda deve demorar a chegar em solo brasileiro.
Enquanto isso, vale a pena uma olhadela em algumas páginas do artista.