Chris
Claremont e John Byrne são dois nomes conhecidos no mundo dos quadrinhos.
A carreira dos dois deslanchou ao trabalharem juntos em Uncanny X-Men,
numa fase de muito sucesso, que até hoje é apontada pelos fãs como uma
das melhores em toda a história dos heróis mutantes.

Após alguns desentendimentos, ambos seguiram caminhos opostos. Byrne trabalhou
com o Quarteto Fantástico, Mulher-Hulk, foi o responsável pela reformulação
do Super-Homem e ainda escreveu a série regular da Mulher-Maravilha, entre
vários outros projetos. Claremont continuou com os X-Men por um longo
período, deu suas escapadas para outras editoras, mas voltou aos mutantes
há alguns anos.

Agora, quase 25 anos depois, a velha parceria entre os dois é retomada
na revista da Liga da Justiça. O arco de histórias em seis partes The
10th Circle será publicado a partir de JLA # 94. Mas será que
ainda existe a mesma química que tornou os dois tão conhecidos? E como
será a arte de Byrne, que não arrancou grandes elogios dos fãs em seus
últimos trabalhos?

Todas essas perguntas e muitas outras serão respondidas a partir de março,
com o lançamento dos números 94 e 95 do título.

Na trama, a Liga da Justiça investiga o desaparecimento de crianças, mas
logo os próprios heróis são dados como desaparecidos. Em pouco tempo,
Superman sofre lavagem cerebral e cai nas mãos de um culto fanático de
antigos vampiros. Com as coisas indo de mal a pior, é preciso chamar a
ajuda de uma misteriosa nova equipe, que os acompanhava nas sombras.

Nenhuma
mudança dramática está planejada para a equipe de heróis. Mas, afinal,
o que fez com que os dois autores se juntassem novamente? "Mike Carlin
se tornou o editor de JLA, e quase imediatamente me telefonou para
perguntar se eu estava interessado em fazer um arco em seis edições",
revela Byrne. "A conexão com Chris aconteceu porque todos os editores
com quem trabalhei desde X-Men tentaram fazer isso ocorrer, mas
Carlin foi quem conseguiu executar."

Mas, ao contrário do que pode parecer, não foi tão difícil realizar este
feito. "Trabalhei com os dois antes, e sempre brincava dizendo que isso
aconteceria. E tenho certeza de que pessoas como Bob Harras e Joe Quesada
(respectivamente ex e atual editor-chefe da Marvel) tentaram o
mesmo", disse Carlin.

"Como Byrne estava terminando de fazer Generations III, tinha tempo
de criar uma história e desenhá-la, mas não fazer todo o trabalho. Disse
que ainda estava interessado, e ele me pediu para encontrar alguém legal
para finalizar a trama. Bem, aí parei e disse que ele sabia para quem
eu ia ligar. John apenas me respondeu que eu era o editor da Liga, e podia
chamar quem achasse melhor".

A arte-final ficará a cargo de Jerry Ordway. "O lápis de Byrne em JLA
é bem apertado, o que eu aprecio como arte-finalista", afirmou. Os dois
também já trabalharam juntos, tanto em Quarteto Fantástico quanto com
o Super-Homem.

Entre as próximas equipes criativas que produzirão histórias para a Liga,
estão Gail Simone, Jose Luis Garcia-Lopez e Klaus Janson; Howard Chaykin,
Kilian Plunkett e Tom Nguyen; Chuck Austen e Ron Garney; e Dan Slott,
Dan Jurgens e Michael Golden.