Leya e Barba Negra lançam Cicatrizes, de David Small
Em março, a Leya anunciou que, no segundo semestre deste ano, lançaria o álbum Cicatrizes (formato 18 x 23 cm, 336 páginas, R$ 39,90), do premiado David Small. E cumpriu a promessa.
A obra já está à venda em livrarias, pelo selo Leya Cult e novamente em parceria com a Barba Negra - como aconteceu nos títulos Vó, Mundinho Animal e O relatório Ota do sexo.
Trata-se de uma HQ autobiográfica, gênero que vem ganhando cada vez mais
espaço no mercado nacional, na qual Small mostra como a arte foi não apenas
uma companhia, mas sim uma salvação durante sua infância e adolescência.
Aos 14 anos, ele ficou praticamente mudo após uma cirurgia que deveria ser
simples. Uma de suas cordas vocais foi removida, restou uma enorme cicatriz
e seus pais passaram a agir de modo estranho. Tempos depois, Small descobriu,
acidentalmente, que tinha câncer.
No álbum, o autor relata a passagem da infância doente para a adolescência perturbada, quando decidiu sair de casa aos 16 anos para buscar o sonho de se tornar um artista. E não tendo nada além disso.
Cicatrizes esteve no topo da lista de graphic novels mais
vendidas do jornal New York Times e foi indicada para importantes
prêmios, como o Harvey e o Eisner. Além
disso, recebeu elogios de grandes nomes dos quadrinhos, como Jules Feiffer,
ganhador do prêmio Pulitzer, e Robert Crumb, o "papa" do
underground norte-americano, autor de Fritz
the cat, Mr.
Natural, América
e tantos outros trabalhos.
David Small tem no currículo os prêmios Caldecott Medal, Christopher
Medal e E. B. White, por seu trabalho de ilustração
em livros como Imogene's Antlers, The Gardener e So,
You Want to Be President?
A tradução de Cicatrizes é de Cassius Medauar.