Leya entra no mercado de quadrinhos nacional
As grandes editoras brasileiras, aos poucos, vão incluindo os quadrinhos
em sua linha editorial. Depois dos investimentos recentes de Rocco,
Companhia das Letras, Ediouro e do anúncio
da entrada da tradicional Saraiva nesse nicho, a gigante
portuguesa Leya
também anuncia que estará na briga pelos leitores nacionais.
O anúncio foi feito neste final de semana. Oficialmente, o que se sabe é
que a Leya firmou uma parceria com o selo Barba Negra,
de propriedade de Lobo, editor responsável pelo excelente trabalho desenvolvido
pela Desiderata em suas linhas de quadrinhos e humor, antes
de a editora ser adquirida pelo grupo Ediouro.
Lobo ainda não revelou muitos detalhes sobre sua linha editorial ou sobre
a equipe que dirigirá nessa nova empreitada. Sabe-se que um dos mais respeitados
designers gráficos do Brasil está intimamente ligado ao projeto,
que envolve inicialmente uma dezena de álbuns, dos quais foram anunciados,
em apuração feita pelo caderno Sabático, do jornal O Estado
de S.Paulo: uma adaptação de textos de Plínio Marcos para as HQs,
e uma graphic novel produzida pelo dramaturgo Mário Bortolotto.
O selo comandado por Lobo ensaia sua vinda à tona há pelo menos um ano e
meio, quando começou suas negociações com editoras do eixo Rio-São Paulo.
Alguns dos títulos que faziam parte de seu catálogo original foram incorporados
por outras casas editoriais, para que o compromisso com os artistas envolvidos
fosse respeitado. Foi o caso do último álbum de Allan Sieber, que foi lançado
pela Desiderata, e do título de estreia de Rafael Sica, que
deverá ser publicado pela Cia. dos Quadrinhos.
A Leya ainda não comunicou oficialmente se serão incluídos
em sua linha editorial de quadrinhos, em algum momento, os títulos publicados
pela ASA - editora lusitana pertencente ao grupo e publicadora
em língua portuguesa de grandes materiais do mercado europeu.