Em
toda a carreira brilhante do quadrinhista Will Eisner, há dois momentos
fundamentais para a própria história das HQs: as revolucionárias aventuras
de Spirit e a criação das graphic novels. Entre a última
história do detetive, em 1952, e o lançamento do álbum Um
contrato com Deus, em 1978, foram-se mais de duas décadas. Boa
parte desse período foi gasta em uma revista mensal sobre manutenção preventiva
publicada pelo exército norte-americana, a PS Magazine.

Pois é sobre essa fase da vida de Eisner, ainda bastante obscura para
os leitores leigos, que o pesquisador Paul Fitzgerald se debruçou para
escrever Will Eisner and the PS Magazine, a
ser lançado nos Estados Unidos nas próximas semanas.

A investigação percorre os 21 anos em que Eisner foi artista da publicação,
que chamava atenção por ser graficamente inovadora justamente em um território
tão improvável.

A matéria-prima começa pela memória do próprio autor da pesquisa, que
chegou a ser editor do periódico, mas vai além: traz entrevistas do próprio
Eisner e de outros colaboradores - gente do naipe de Murphy Anderson,
Alfredo Alcala e Joe Kubert. O time, por sinal, explica a importância
da revista e o porquê de sua longevidade, afinal,
é publicada até hoje.

Além do texto, o livro traz diversas ilustrações e reproduções de capa.
Will Eisner and the PS Magazine é um lançamento da Hermes Press.
Com 320 páginas, sairá por US$ 29,99.