Lost Girls, de Alan Moore, tem tiragens esgotadas
As
obras de Alan Moore são ricas em citações e referências, em especial as
relacionadas à literatura. Tanto que ele já retratou vários personagens
saídos dos livros nas páginas da Liga Extraordinária.
Em sua última obra pela
Top Shelf , a
graphic novel Lost Girls, o roteirista revela toda sua irreverência
ao abordar a vida sexual três protagonistas de clássicas obras infantis.
Moore deixou ao cargo de Melinda Gebbie a responsabilidade de materializar
suas idéias.
Nessa edição especial de Lost Girls, que é formada por três revistas
de capa dura num estojo decorado, Moore revela um encontro, a poucos
meses da I Guerra Mundial ser deflagrada, entre Alice (Alice no País
das Maravilhas), Wendy (Peter Pan) e Dorothy (O Mágico de
Oz). Todas elas estão crescidas, Alice é uma senhora a qual todos
se dirigem como Lady Fairchild, Dorothy está com 20 anos e Wendy, com
30 anos, é casada com o jovem Harold Potter. Desse encontro entre elas
surgiram várias histórias e confidências sobre suas
experiências sexuais.
Claro que essa obra já nasceu criando polêmica. O Great Ormond Street
Hospital, que é detentor dos direitos autorais de Peter Pan, desde
que seu autor, J.M. Barrie doou-os a instituição, mostrou indignação com a adaptação.
Moore afirmou que não precisaria de nenhuma autorização, pois a seu ver
o hospital detém os direitos sobre a obra e não personagens individuais.
O certo é que as 10 mil cópias de Lost Girls esgotaram em 31 de
agosto, mesmo dia em que chegou às lojas nos Estados Unidos. Mas o mais impressionante
é que a segunda impressão, também com 10 mil exemplares, programada para
outubro, já está totalmente vendida. Dessa forma, a Top Shelf se
viu forçada não só a lançar uma terceira tiragem para dezembro como aumentar
para 20 mil exemplares para dar conta da demanda.