Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Mangá Death Note provoca polêmica na China

28 março 2007

Death Note"Um
caderno de notas que mata todo aquele que tiver seu nome escrito nele".
Esta é a definição conhecida pelos fãs do popular mangá - e que também
tem uma versão animada de enorme sucesso - Death Note, escrito
por Tsugumi Ohba e ilustrado Takeshi Obata, publicado pela editora Shueisha
na revista Weekly Shonen Jump de dezembro de 2003 a maio de 2006.

A trama tem como protagonista o estudante Yagami Raito que, ao descobrir
o misterioso caderno que dá nome a série, começa a utilizar suas habilidades
sobrenaturais para matar bandidos e fazer justiça. No entanto, na China,
a popularidade de um souvenir específico do mangá tem preocupado pais
e professores.

O primeiro caso envolvendo cadernos grafados com o nome "Death Note" e
recheados de anotações dos próprios proprietários adolescentes ocorreu
no início de 2005, na escola de Shenyang. Famílias e docentes, preocupados
que a idéia central do mangá pudesse macular a mente dos jovens, proibiram
o uso dos "cadernos do mal".

Neste mês de março, o assunto voltou a ser discutido quando cadernos personalizados
contendo as instruções de uso encontrados na trama da história em quadrinhos
começaram a ser vendidos em lojas de Shenzhen, transformando-se num item
colecionável bastante consumido pelos jovens fãs. Matérias publicadas
em jornais e websites sobre o fato levaram o departamento de Administração
do Mercado Cultural da cidade a recolher os cadernos comercializados nas
papelarias.

Death Note

"Encontrei por acaso um bloco de notas preto embaixo do
travesseiro do meu filho. Se chamava 'Death Note' e estava repleto de
horríveis anotações", declarou um dos preocupados pais. "Eu realmente
acho que esse tipo de coisa é ruim para o meu filho". Os estudantes, por
outro lado, discordam desse ponto de vista.

"Death Note soa um pouco assustador, mas isso é o que é legal nele", afirmou
um rapaz entrevistado pela mídia local, que destacou o fato de que o caderno
é adquirido apenas como item de coleção, nada mais. Alguns, inclusive,
o utilizam para realizar atividades escolares. "Todo esse lance de morte
é falso, todo mundo sabe que não é real", afirmou outro estudante.

A venda do caderno foi proibida nas lojas especializadas em material escolar,
não só pelo conteúdo quanto por questões de legalidade: o produto não
continha informações referentes aos produtores responsáveis pela obra
e outros itens de registro, o que o tornou um item ilegal. A discussão
entre pais e filhos sobre a questão, ainda assim, continua.

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