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Notícias

Marcelo Campos comenta álbum Talvez Isso...

25 outubro 2007

Talvez Isso...Primeiro,
Marcelo Campos, sócio da Quanta
Academia de Artes
e criador do personagem Quebra-Queixo, colocou
no ar um blog
para apresentar o lado autoral de seu trabalho,
sua forma de enxergar o mundo.

Como conseqüência desta proposta, o artista lança, nessa sexta-feira,
dia 26 de outubro, o álbum Talvez Isso... (formato 10 x 21cm),
pela editora Casa
21
, na Fnac Pinheiros (Praça dos Omaguás, 343 - São Paulo/SP)
a partir das 19h.

O Universo HQ conversou com Marcelo Campos sobre sua nova obra,
confira:

Universo HQ: Você afirmou que é mais "fácil" realizar esse trabalho
autoral, com textos e desenhos criados a partir de sua vivência e experiências,
do que seus outros projetos gráficos. Por que você decidiu seguir nessa
linha de criação?

Marcelo Campos: Acabam saindo mais fáceis porque são
expressões minhas. Minha maneira de desenhar e de escrever, sem um envolvimento
técnico direcionado, como no caso dos quadrinhos, publicidade e animação
em que trabalhei. Essas tiras, assim como as páginas que estão no blog,
saíram com este tipo de perspectiva
.

Quando o Roberto Ribeiro decidiu fazer o álbum com as tiras, eu até
cheguei a cogitar a hipótese de refazer as artes, porque achava que estavam
soltas demais. Com certeza essa minha "preocupação" vinha da minha experiência
como desenhista e ilustrador "técnico", que é como considero o que fiz
para os EUA em quadrinhos e todos os outros trabalhos de ilustrador e
animação. Mas o próprio Roberto me convenceu do contrário, além de vários
amigos. Assim pude deixar a coisa toda bem solta, autoral mesmo. Em relação
à "facilidade", por outro lado, não são exatamente "fáceis" porque falo
de experiências, vivências que não foram duras na minha vida
.

Eu não sei se cheguei a decidir essa linha de criação... Assim como
aconteceu com a linha que havia seguido antes em termos profissionais,
esta linha surgiu por acaso. Não foi uma coisa planejada. Aconteceu por
conta de textos e imagens que surgiam. A diferença vem do fato de que,
desta vez, este trabalho tem realmente a minha cara. Tem a ver com o que
eu sou. Como penso
.

UHQ: Quais as principais diferenças entre seu trabalho para as editoras
e o trabalho autoral?

Campos: Eu me lembro que quando comecei a fazer o título
da Liga da Justiça... Bom, era a primeira vez que um brasileiro pegava
um título importante em uma editora grande. Mas eu fiquei muito mal...
Muito mal. Não entendia por quê. Eu gostava de quadrinhos e de super-heróis,
mas ainda não percebia que aquilo não tinha nada a ver comigo. Eu achava
que tinha e também existiam as questões de grana... Ganhava muito bem
e não podia dizer não pra uma exposição como artista, uma conquista como
artista e um pagamento tão bom. Ainda assim estava muito mal com isso.
Eu não tenho e nem tinha ligação com este material
.

Por exemplo, eu não tenho nada do que fiz anteriormente, nem em quadrinhos,
animação, publicidade ou coisa alguma. Com exceção do Quebra-Queixo, não
guardei nada. Não me identifico com nada daquilo. Ainda fiquei muitos
anos trabalhando com tudo isso, mas aconteceram coisas na minha vida que
me fizeram parar. E decidir trilhar outros caminhos. A diferença é que
desta vez me sinto parte do que faço. Me reconheço no que fiz
.

UHQ: Você pretende seguir com essa linha no seu blog? Teremos novos
álbuns?

Campos: Eu não sei. Tenho feito este material de páginas
no blog... E é isso. Estou escrevendo um livro também. Mas é uma coisa
que estou fazendo pra mim. Não tenho pretensão nenhuma em publicá-lo.
Em relação a outros álbuns... Também não sei. Vamos ver o que rola. Acho
que é um material difícil. Nada comercial. Não é fácil publicar alguma
coisa assim.

Talvez Isso...Talvez Isso...Talvez Isso...

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