Maria Erótica e o Clamor do Sexo em pré-venda no site da Comix
Entre 1964 e 1985, período em que o poder no Brasil esteve nas mãos dos militares, a Revolução Sexual deflagrada pela pílula anticoncepcional transformou o sexo num problema de segurança nacional prioritário. Combater as revistas de "mulher pelada" se transformou numa forma de conter o avanço do comunismo no País, pois os dois assuntos supostamente andavam de mãos dadas.
A partir das histórias das editoras Edrel (São Paulo) e Grafipar (Curitiba), o jornalista Gonçalo Junior (A Guerra dos Gibis) mostra como a censura e a repressão policial foram importantes ferramentas para combater a "licenciosidade" subversiva no País.
A trajetória dos editores Minami Keizi e Claudio Seto é o mote para um não dimensionado retrato da ditadura, quando donos de editoras, distribuidores, jornaleiros, escritores e desenhistas de quadrinhos foram perseguidos em nome da moral e dos bons costumes e em defesa da família brasileira.
Uma história que envolveu também grandes grupos editoriais como Abril,
Três e Bloch, que, na década de 1970, peitaram a
censura para lançar revistas como Playboy, Nova, Status, Ele Ela
e outras.
Resultado de duas décadas de pesquisa, este livro fartamente documentado e com mais de 500 imagens é uma fonte de pesquisa para quem quer entender os bastidores da censura no País nos últimos 50 anos.
Maria Erótica e o Clamor do Sexo (R$ 69,00) é um lançamento da editora Peixe Grande. A obra está em pré-venda no site da Comix.