Numa
época em que cresce a "gilete-press", ou seja, o péssimo hábito de publicar
releases sem confirmação ou tratamento adicional como se fossem
notícias, vale sempre destacar o esforço de profissionais (e dos veículos
para os quais trabalham) que se dão o trabalho de ler uma obra e explicar
seus méritos aos leitores.

Nesta semana, dois jornais nordestinos publicaram resenhas de trabalhos
que já foram anunciados no Universo HQ, valorizando a Nona Arte
junto a seu público.

O Povo, de Fortaleza, trouxe uma resenha de Persépolis #1,
da Companhia das Letras, assinada por Carlos Ely, com o título
A Mafalda árabe, em que fica sublinhada a infância de Marjane Satrapi
em sua obra.

Ely teve a sensibilidade de trazer o álbum mais para perto das referências
dos leitores do Ceará, ao aproximar o traço da iraniana da xilogravura
do cordel nordestino. Leia aqui.

Já Doris Miranda, do Correio da Bahia (de Salvador), fez uma resenha Jesus Kid, de Lourenço Mutarelli, publicado pela Devir, que faz um comparativo
entre o texto do livro e a arte dos quadrinhos do autor. Confira
aqui.