Mark Millar cria produtora para levar seus quadrinhos ao cinema e à televisão
O escritor Mark Millar continua dando prosseguimento aos seus ambiciosos planos.
Depois de preferir não renovar o contrato de exclusividade com a Marvel
Comics e focar em quadrinhos autorais, ele está criando a Millarworld
Productions, uma produtora com base em seu país natal, a Escócia,
e cujo objetivo é adaptar suas criações para o cinema e televisão.
Segundo Millar, ele quer fazer pela Escócia o mesmo que a trilogia O Senhor dos Anéis fez pela Nova Zelândia. O primeiro projeto será a adaptação de American Jesus, série lançada originalmente pela Dark Horse, no início dos anos 2000, sob o nome de Chosen. No Brasil, essa história foi publicada pela Mythos Editora com o título Chosen: O Eleito do Senhor.
Na trama, um menino de 12 anos de idade repentinamente descobre que é Jesus Cristo reencarnado. De uma hora para outra, torna-se capaz de transformar água em vinho, fazer um paraplégico voltar a andar e, talvez, possa até reviver os mortos. O que ele fará? Como sua família reagirá?
"A primeira parte do filme acontece nos Estados Unidos, mas, então, ele vai para a Escócia esperando que seus inimigos não o encontrem antes da batalha com o Anticristo no Apocalipse. Como um católico praticante, vou tratar o assunto com reverência", explica Millar.
O autor também já tem planejada a adaptação de Supercroocks, com o diretor Nacho Vigalondo.
Recentemente, outros filmes baseados em criações de Mark Millar entraram em produção, como O Procurado 2, pelo estúdio Universal Pictures, Superior e War Heroes. De acordo com o autor, a sequência de Kick-Ass será anunciada em breve, assim como Nemesis (aparentemente pelo diretor Tony Scott, de Top Gun) e o novo título The Secret Service.
O autor ainda tem um novo projeto para os quadrinhos, que está desenvolvendo
com o artista Frank Quitely. Entretanto, detalhes não foram revelados.
Outro objetivo é fazer programas para a televisão. "Quero fazer programas de qualidade, não aguento mais esses reality shows. Conheço muitas pessoas que produzem esses programas e elas também não gostam. Quero produzir documentários, criar novos formatos e fazer dramas do nível de Os Sopranos ou Mad Men", afirmou ao jornal Scottish Sun.