Em
janeiro, a Marvel
lançará um total de 98 revistas, isso sem contar os encadernados. O fato
marca um crescimento constante da editora, desde que Joe Quesada assumiu
o cargo de editor-chefe, em 2000.

O número não é inédito. Em outubro de 2007, a Marvel
anunciou
mais de 100 lançamentos para janeiro de 2008.

A esse fato podemos somar o feito histórico conquistado pela editora no
mês de setembro que, de acordo com números da distribuidora Diamond,
abocanhou 50% do mercado de quadrinhos direto (que inclui lojas especializadas
- comic shops - e outros pontos de vendas atendidos pela Diamond).

Este crescimento vem ocorrendo já há alguns anos, sustentado
por crossovers bem-sucedidos como Guerra Civil,
que apesar de caros
para o leitor, comercialmente têm justificado sua publicação para
a editora.

O número é positivo para a Marvel, mas preocupante para
o mercado de quadrinhos norte-americanos, que luta para recuperar leitores
e diversificar os produtos oferecidos.

Embora recentemente o mercado de quadrinhos nos Estados Unidos tenha se
expandido para bibliotecas e livrarias com os encadernados e as graphic
novels, com diversos distribuidores atuantes, o mercado direto continua
monopolizado pela Diamond e pelo gênero dos super-heróis.

Aliás, o assunto da distribuição em bancas e livrarias também está se
tornando importante no Brasil, como pode ser visto na coluna Beco
das HQs.

Este volume elevado de revistas, que também acabará se refletindo no Brasil
nos lançamentos da Panini,
gera a pergunta: quem
está comprando tudo isto?

Será que são os mesmos leitores de sempre, ou finalmente a base de leitores
está crescendo?

Vale lembrar que parte deste crescimento de vendas também se deve ao sucesso
da Marvel nos cinemas e na TV, com projetos de qualidade
e forte resultado de bilheteria e audiência.