Marvel retoma antiga numeração de Fantastic Four
Será publicada em julho a conclusão do arco de histórias Unthinkable, com argumentos de Mark Waid e arte de Mike Wieringo. A trama apresenta o retorno do Dr. Destino como maior inimigo do Quarteto Fantástico.
Isso aconteceria no número 71 da revista. Mas a Marvel resolveu retomar a antiga numeração do título (que havia sido zerada depois do final da saga Heróis Renascem). O motivo para essa decisão ter sido tomada é simples: esta seria a edição número 500 da equipe, de acordo com o antigo sistema.
Em agosto, ao invés de retomar a série do número 72, a "Casa das Idéias" resolveu continuar com o 501. "Temos pensado em fazer isso há algum tempo. Achamos que seria divertido", admite o editor-chefe Joe Quesada. "Não temos uma história muito grande com numeração de títulos, porque zeramos muitos deles no passado. Mas começamos a imaginar onde estaríamos se não tivéssemos mudado nada. Com isso, vimos que várias de nossas publicações estariam chegando ao número 500".
A tarefa de verificar a numeração dos títulos acabou nas mãos do editor Tom Brevoort, e ele não a achou tão difícil. "Toda edição de uma série regular foi considerada", disse, garantindo que até mesmo a série de Heróis Renascem entrou na contagem.
Apesar de não ter sido anunciado o mesmo procedimento para outros títulos, Quesada deixou a porta aberta para o número 500 ser a marca para as séries retomarem a antiga numeração. "Algumas revistas estão perto disso. Acredito que Vingadores e Amazing Spider-Man chegarão lá em breve".
Mas e os títulos que ainda estão longe desse número? Quesada garante que a marca de 500 edições é a meta, mas não quer fazer disso uma regra. Entretanto, ele gostaria que Capitão América e Demolidor continuassem com a atual numeração.
O editor-chefe não esconde que é uma jogada de marketing. "Estamos sempre pensando o que seria legal par aos fãs. As pessoas adoram essas edições comemorativas, que são ótimas para colecionadores. Isso também permite aos nossos escritores fazer histórias muito legais, com um ótimo ponto para o clímax da trama, o que faz a edição ser de leitura obrigatória".
"É tudo uma questão de chamar a atenção de um leitor em potencial. Assim, número 500 é melhor do que 71", resumiu.
Essa decisão vai de encontro a outras, como o recente relançamento de Wolverine a partir do número um.
Para Joe Quesada são dois casos diferentes. "Um novo número um mostra aos fãs que há uma mudança criativa na revista, ou alguma outra mudança significativa. Quando relançamos Demolidor pelo selo Marvel Knight, não fazia questão disso, mas a Marvel me deu uma ótima razão: tratava-se de uma nova era para o personagem".
"No caso do Wolverine, os criadores seguirão um novo caminho, uma renovação na série. Então, achei importante que saísse com a numeração zerada para mostrar que estávamos fazendo algo diferente. Há horas em que um novo número um é uma estratégia importante", explicou.