Semana
triste para o traço nacional. Depois da morte de Joacy
Jamys, faleceu no dia 18 de dezembro, a artista gráfica Maria da Conceição
de Souza Cahú, ou simplesmente Conceição Cahú. Ela estava com 62 anos
e foi vítima de um câncer. O enterro aconteceu ontem em Recife, Pernambuco.

A corintiana (como fazia questão de frisar) Cahú iniciou a carreira -
que já durava 45 anos - desenhando cartilhas para orientação de agricultores
na Ancarpe - Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural de
Pernambuco. Depois, passou num concurso e foi trabalhar no Departamento
de Áudio Visual da Sudene - Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste.

Foi nessa fase que começou a ter obras expostas em mostras em Recife,
Olinda e Caruaru, além de produzir trabalhos para hotéis. Em 1973, chegou
a São Paulo e no ano seguinte já estava na Editora Abril, na qual
ilustrou revistas como Placar, Playboy, Cláudia,
Nova e Capricho.

No ano de 1975 foi para a Folha de S.Paulo. Depois passou por veículos
como Jornal da Tarde, Visão e Saúde em Debate. Extremamente
talentosa, tinha entre seus muitos fãs o inesquecível Henfil.

Em julho de 1977, chegou à Gazeta Mercantil, jornal
em que ficou famosa por seu maravilhoso trabalho com bico de pena. Desde
2005 estava no DCI - Diário Comércio Indústria.

Chargista, cartunista e caricaturista, Cahú ganhou, em 1992, o 21º
Salão de Humor de Piracicaba na categoria Quadrinhos. O site
Nona Arte tem duas HQs online da artista, em parceria com
Xalberto: Trombadinhas
e Um
nasceu para o outro. Vale conferir.