Morreu o desenhista italiano Antonio Terenghi
O desenhista e escritor Antonio Terenghi faleceu no último dia 26 de outubro, em Milão, na Itália, poucos dias antes de completar 93 anos.
Nascido em Alano di Piave, no dia 31 de outubro de 1921, Terenghi é um nome importante nos quadrinhos italianos. Ele começou sua carreira como letrista, trabalhando para a editora Edital, na década de 1930.
Ele se alistou no serviço militar italiano em 1941 e, quando a Itália entrou em conflito com a Grã-Bretanha, no norte da África, durante a Segunda Guerra Mundial, foi foi capturado pelas forças inglesas e só retornou à Itália após o término do conflito, em 1945.
Terenghi retomou seu trabalho como letrista e, em 1951, publicou sua primeira HQ, Poldo e Poldino, na revista Gaie Fantasie.
No ano seguinte, ele começou um longa e frutífera colaboração com a Casa Editrice Universo, para a qual criou séries como Nuto l'Astuto, Ademaro il Corsaro, Nita la Svampita e Gastone il Pigrone.
Seu trabalho mais conhecido é o faroeste Pedrito el Drito, um personagem muito popular na Itália e considerado por alguns autores como o primeiro spaghetti-western. Na HQ, Pedrito é o xerife de Tapioka City, sempre acompanhado de sua ciumenta namorada Paquita. O personagem era publicado nas revistas Albi dell’Intrepido e Il Monello.
Uma história de Pedrito el Drito foi publicada em 2000, pela Sergio Bonelli Editore, na coleção I Grandi Comici del Fumetto, com texto de Alfredo Castelli e arte de Antonio Terenghi.
Para a editora Dardo, Terenghi criou Tarzanetto, uma paródia de Tarzan, em 1954. As aventuras desse personagem também foram publicadas no Corriere dei Piccoli, na década de 1970. Em seguida, lançou as aventuras do reporter Teddy Sberla, pela editora Alpe.
Outras séries de Terenghi incluem Piccolo Eva, Caribù, Mac Keron e Gionni e Geppina. Em 2001, ele ilustrou L'orsetto Tuttovaben e La gallina Scopaviola, um conto para crianças escrito por Lucia Spezzano. Terenghi, e produziu quadrinhos e ilustrações até os 85 anos de idade, quando foi forçado a largar o lápis por razões de saúde.