O cartunista americano Paul Francis Conrad, vencedor de três Prêmios Pulitzer, faleceu aos 86 anos, de causas naturais, em sua casa em Rancho Palos Verdes, um subúrbio de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Conrad era especializado em charges políticas e seu trabalho deu muitas dores de cabeças a presidentes americanos como Richard Nixon, Ronald Reagan e George W. Bush.

Segundo um artigo do The Times, a crítica de Conrad era tão
mordaz, que o publisher do jornal se acostumou, a ter seu café da
manhã interrompido por um telefonema agressivo de Ronald Reagan, durante o
período que este foi governador da Califórnia, entre 1967 e 1975.

O cartunista, cuja carreira durou mais de 50 anos, deu uma entrevista para
a The Associated Press em 2006, comparando o presidente Nixon,
o seu alvo preferido para charges, a George Bush (que era o presidente na
época). "Eu sempre quis saber duas coisas sobre Nixon: como um idiota
como ele se tornou presidente e quanto tempo falta para nos livrarmos dele.
O mesmo se aplica a George W. Bush", disse Conrad.

O nome de Conrad entrou para a lista dos inimigos políticos de Richard Nixon em 1973, fato do qual o artista se orgulhava bastante.

Conrad nasceu em Cedar Rapids, Iowa, nos Estados Unidos, em 1924. Durante a
Segunda Guerra Mundial, o artista serviu o Corpo de Engenheiros do Exército,
no teatro de operações do Pacífico. Após a guerra, se formou em artes pela
Universidade de Iowa e começou a desenhar cartuns para o jornal do colégio.

Depois de trabalhar por 14 anos no Denver Post, mudou-se para Los Angeles e passou 30 anos de sua carreira criando cartuns e charges para o Los Angeles Times.

Conrad ganhou o Prêmio Pulitzer três vezes, nos anos de
1964, 1971 e 1984, um feito igualado por apenas outros dois cartunistas após
a Segunda Guerra Mundial.