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Morrison e Morales discutem reformulação do Superman

7 outubro 2011

Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo DC, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.

Action Comics #2

Nesta semana, foi lançada a revista Action Comics # 2, que continua a mostrar a origem do Superman no novo Universo DC. Além da história, a edição traz uma entrevista com o escritor Grant Morrison e o desenhista Rags Morales, na qual eles discutem suas ideias sobre o Homem de Aço e como a reformulação do personagem foi planejada.

"Como um guitarrista de 17 anos de idade em uma banda, experiência não conta. Ele apenas toca. Aqui, Superman é um super-herói, ele não precisa pensar para agir. Ele é um garoto que foi libertado por Martha e Jonathan Kent, mas agora os dois estão mortos e Clark pensa 'Sou o ser mais poderoso do planeta. É hora de começar a limpeza'. Pareceu-me ser uma história realmente boa sobre um homem que não considera suas ações, apenas age de acordo com aquilo que acha certo", explica o autor.

Para Morales, o maior atrativo é que o nível de poder do Homem de Aço é menor nessas primeiras histórias. "Adoro isso! Ele é hercúleo novamente e tem tarefas a fazer. Superman nos anos 1940 era mais relevante do que o dos últimos anos porque ele podia ser ferido. Havia um senso de perigo".

Com um Clark Kent bem mais novo sendo apresentado em Action Comics,
a maneira de como retratá-lo também foi discutida. "Eu o coloquei em roupas
mais largas para esconder os músculos e uma postura mais inclinada, como um
nerd de 22 anos", descreve o artista. "Ele é um ator muito bom, que
é uma habilidade que muitos super-heróis não possuem. Percebi que as lentes
dos óculos possuem certa espessura, o que ajuda a distorcer o tamanho dos
seus olhos, para que pareçam maiores."

"Adoro o Clark Kent do Rags", elogia Morrison. "É muito legal, esse Clark
Kent meio Harry Potter. O rosto dele é jovem e flexível, os olhos ficam maiores
e ele se parece mais com um garoto. Por isso, é tão bom trabalhar com o Rags,
que pensa em todos esses detalhes que fazem grande diferença no produto final.
Quando vi o Clark Kent dele, mudei a maneira que escrevia o personagem."

O escritor também explicou qual a sua abordagem para Lex Luthor. "Superman é o nosso melhor e Lex é o nosso pior... mas os dois somos nós, os seres humanos. Lex é egoísta, ganancioso e finge odiar o Superman, mas na verdade queria ser como ele. Quero fazer do Lex a personificação dos nossos piores traços. É isso o que nos torna humanos e é isso que torna fácil de se identificar com Lex. Por isso, ele é um vilão tão bom: todos nós reconhecemos esses traços".

Outro fator que será explorado é o mundo de Krypton e como isso irá influenciar o Homem de Aço. "O foguete é como a cesta de Moisés, o conceito da criança sendo colocada no rio do destino. A capa, o foguete, o uniforme.. tudo faz parte da história e será devidamente abordado. Cada pedacinho da lenda do Superman terá seu próprio significado", afirma Morrison.

Rags Morales concorda. "Todos os rabiscos que aparecem na nave são hieróglifos.
Enquanto eu ia desenhando, comecei a pensar na cesta de Moisés e no Kal-El
- e 'El' é a palavra hebraica para Deus. O mundo dele foi destruído e, então,
ele foi colocado em uma cesta para descer o Nilo. Assim, fiz a nave lembrar
a forma de um cesto".

Sobre o planeta Krypton, Morrison o descreve como "uma utopia científica" e vai mostrar como seria uma civilização que viveu por 500 anos com incrível tecnologia.

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