Mozart no traço de Manara em Péntiti!
Para
marcar os 250 anos de nascimento de Mozart, a editora Pixel
Media lança Péntiti! (formato 21 x 28 cm, 48 páginas, R$ 57,90),
livro que mostra a trajetória deste que foi um dos maiores gênios da música
clássica de todos os tempos.
O álbum conta com ilustrações de Milo Manara, mestre dos quadrinhos eróticos, e a bagagem histórica de Rudolph Angermüller, musicologista e pesquisador da vida e obra do artista.
Mozart nasceu em 27 de janeiro de 1756, em Salzburgo, na Áustria. Batizado na catedral de São Ruperto com o nome latino de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, o artista passou a vida mudando a forma de ser chamado, principalmente no que se refere ao seu nome do meio, Theophilus, que significa, em grego, "Amigo de Deus". Em raras ocasiões usou a versão latina deste nome, Amadeus, que por ironia hoje se tornou a mais vulgar.
Criança pródiga, começou a compor minuetos para cravo aos cinco anos. Em 1763, seu pai o levou junto com a irmã Nannerl para uma turnê pela França e Inglaterra. Em Londres, conheceu Johann Christian Bach, o último filho de outro gênio da música, Johann Sebastian Bach.
Entre 1770 e 1773, Mozart visitou a Itália três vezes. Foi lá que compôs a ópera Mitridate, obtendo grande êxito. Mas foi o período entre 1781 e 1786 o melhor de sua carreira, quando compôs óperas, sonatas para piano, música de câmara e principalmente uma seqüência de concertos para piano. Em 1782, o artista casa-se, contra vontade do pai, com Constanze Weber, irmã mais nova de Aloisia Weber Lange, cantora lírica por quem Mozart se apaixonara tempos antes.
O álbum Péntiti! traz a história das três das principais óperas de Mozart: As Bodas de Fígaro, Dom Giovanni e Così fan Tutte.
As Bodas de Fígaro retrata o barbeiro de mil façanhas - uma profissão de status, representado pela figura de Fígaro, que recebe a missão de auxiliar na conquista de uma noiva para o Conde de Almaviva. Fígaro possui um senso estético ímpar e aguçada capacidade de julgamento.
Em Dom Giovanni, Mozart mostra um homem revoltado contra Deus e a sociedade, um arquétipo característico do cristão ocidental, em que o pecador contumaz é vítima da punição divina.
E finalmente Così fan Tutte. Nenhuma ópera de Mozart foi tão incompreendida quanto esta. Muito criticada pelos alemães, que se referiam à peça como uma miséria, uma visão desabonadora da conduta das mulheres.
Em Péntiti!, todas as páginas de texto trazem pequenas ilustrações de Manara em preto e branco. E há também páginas inteiras com ilustrações a cores, cheias de detalhes e pinturas feitas à mão pelo mestre italiano do erotismo.