Mudanças do novo uniforme do Superman vão além da estética
Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo DC, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.
Quando a DC Comics anunciou a reformulação que estava planejando em seu universo fictício de super-heróis, uma das mudanças mais significativas ficou com o Superman. Além de apresentar uma nova origem e terminar com o casamento de Clark Kent e Lois Lane, o Homem de Aço teria também um novo uniforme.
Pela primeira vez, a roupa do Superman não traria mais o famoso calção vermelho por cima das calças azuis, além de incluir uma gola em formato de "v", novas mangas e botas, um cinto vermelho e linhas que trariam mais textura. A aparência também lembrava uma espécie de "armadura".
Mas desde que as revistas Action Comics e Superman estrearam, em setembro de 2011, os leitores estão descobrindo novos detalhes da roupa, e as mudanças vão bem além de ser puramente estéticas. Uma nova mitologia está sendo criada em torno da vestimenta do primeiro super-herói dos quadrinhos, e é a mais significativa desde a sua criação, em 1938.
No passado, foi dito que o uniforme havia sido feito a partir de mantos que
os pais kryptonianos colocaram na nave que trouxe Kal-El à Terra. Já na reformulação
que John Byrne promoveu na década de 1980, não passava de uma roupa feita
por Martha Kent com panos comuns, e por isso eram facilmente destruídos durante
as aventuras do Homem de Aço.
Agora a origem volta a remeter a Krypton, mas não apenas isso. Na história
publicada em Action Comics #7, lançada em março, a trama se passa
cinco anos no passado da cronologia do novo Universo DC.
O escritor Grant Morrison reconta a origem do Superman e mostra o herói encontrando
uma estranha vestimenta branca na nave do Colecionador de Mundos - a versão
pós-reboot do Brainiac.
Na verdade, não é uma armadura, mas sim um tecido que, ao ser
vestido, se liga ao DNA de Kal-El e se transforma, adaptando-se à sua hereditariedade
e tomando forma da roupa azul e vermelha com o símbolo da Casa da família
El.
Já a revista Superman #7, também lançada em março, conta com a estreia da nova equipe criativa formada por Dan Jurgens (roteiro e arte) e Keith Giffen (roteiro), e a história se passa no tempo "presente" da nova cronologia.
Jurgens foi o arquiteto da saga A
Morte do Superman, na década de 1990, e trabalhou durante
15 anos com o personagem, mas há mais de uma década estava afastado dos títulos
do Homem de Aço. Agora ele está de volta, e trouxe consigo novas ideias.
Ao ser apresentado a uma cena na qual Clark Kent se transforma em Superman,
o leitor descobre que a vestimenta é formada por biotecnologia kryptoniana
e, no momento da transformação, ela é ativada e formada no corpo
do personagem. Dessa maneira, explica também como ele usa o uniforme por baixo
das roupas civis.
"Keith e eu estávamos conversando e perguntei a ele se tinha alguma ideia de como o Superman podia usar uma armadura e aquelas botas enormes por baixo da roupa. Acabei dando a ideia de que o uniforme se forma ao redor dele, já que estávamos lidando com esse novo universo", explicou Jurgens em entrevista ao site Comicbook.com.
A ideia foi repassada aos editores e a Grant Morrison, que gostaram da proposta e acharam que se encaixava no que eles estavam desenvolvendo para esse novo Superman.
Agora resta esperar e ver quais as outras novidades que aparecerão nos próximos números.