Aviso aos leitores: este artigo lida com fatos recentes do Universo DC, divulgados na mídia norte-americana, que ainda são inéditos no Brasil. Por isso, aborda acontecimentos que certamente podem prejudicar o prazer de sua leitura no futuro.

A série Detective Comics é uma das mais importantes não só para os quadrinhos norte-americanos, mas também para a DC Comics. Além de ter sido nas suas páginas que em 1939, no número 27, o Batman estreou, ela acabou dando nome à própria editora.

Pela primeira vez em sua história, a numeração da série
foi reiniciada, após 881 edições publicadas, como parte da reformulação que
a DC promoveu. O novo número um chegou às lojas especializadas
dos Estados Unidos no último dia 7 de setembro e, como acontece há
décadas, será um dos títulos estrelados pelo Batman.

Tony Daniel será o responsável pelo roteiro e arte das histórias, e promete
aventuras bastante sombrias, com ênfase no lado detetive do Cavaleiro
das Trevas. O autor trabalhou na série Batman nos últimos anos, mas
na época quem vestia o capuz era Dick Grayson. "Serão histórias mais curtas,
sombrias e detetivescas. O foco principal é Bruce Wayne e seu trabalho em
solucionar os mistérios e crimes de Gotham. Agora, o tom será mais sério,
porque Bruce é um personagem mais sério", disse.

Assim como aconteceu em Justice League e Action Comics,
a primeira história também se passará cinco anos no passado
cronológico do novo Universo DC.

O primeiro arco terá quatro edições e apresentará um novo vilão chamado Dollmaker.
"No primeiro número algo muito estranho acontece ao Coringa, e isso levará
Batman a descobrir que existe alguém nos bastidores que ele desconhecia. Essa
pessoa é insana, tanto quanto o próprio Coringa, e veremos o Batman lidar
com esse assassino serial", revela. "Dollmaker é novo na cidade e veio para
se tornar conhecido, ele gosta de fazer bonecos de suas vítimas. É realmente
perturbado, tem uma história com o Comissário Gordon e busca vingança."

"Mas pretendo fazer tramas de três partes e me manter afastado de tramas
mais longas. Acaba saindo caro para os leitores se comprometerem com seis
meses ou um ano de histórias. No mercado de hoje, é preciso contar as melhores
aventuras no menor tempo possível", explicou.

Até o momento, Tony Daniel já tem planejado um ano de histórias do título. Em 2013, a série chegaria à edição 900 da numeração original, e algo especial também está sendo estudado para comemorar a marca.

O autor disse ainda que pretende manter o elenco da série bem resumido, se
concentrando mais em Bruce, Alfred e Comissário Gordon. Um novo interesse
romântico também aparecerá. Apesar de contar com vilões clássicos do Batman,
ele planeja criar novos para dar desafios inéditos ao herói. "Teremos algumas
histórias ousadas. Assassinos seriais e vilões realmente maus. A escória do
mundo. Terá um clima bem noir, sombrio e intenso do que se poderia
esperar de uma revista de super-heróis", avisa.

Veja abaixo a última página de Detective Comics #1 para ter uma ideia do que Tony Daniel quer dizer.