Há 20 anos, o xerife Earl Dunn é o responsável pela segurança da pequena
Prescott. Para os moradores, ele sempre representou um exemplo de honestidade
e abnegação. Coube-lhe, num passado distante, impor a ordem, graças à
sua coragem e habilidade no manuseio de armas. Por isso, a cidade se tornou
pacata, pôde crescer e vive agora a prosperidade econômica.

Mesmo assim, há quem ache que ele está velho e fora de sintonia com os
novos tempos. Portanto, não deve ser reeleito outra vez.

É o que pensa principalmente Philip Cole, um idealista que afirma categoricamente
que a "era do revólver" não existe mais e Prescott precisa entrar no mundo
civilizado. Ao se candidatar a xerife, ele promete impor a lei sem a necessidade
de armas.

Enquanto faz um inflamado discurso diante de uma platéia de eleitores
no palanque, Ken Parker chega em busca de um ferreiro. Espera conseguir
dar um jeito no cavalo que comprou recentemente e o deixou a pé na estrada.
Como tem de esperar, sai para procurar um hotel.

Logo toma pé da situação e percebe que a disputa pelo posto passa pelo
preconceito. Prescott também sinaliza novos tempos. Ao andar pelas ruas,
Parker descobre que o progresso começa a chegar ao oeste por meio de vitrines
finas e grandes casas noturnas. A noite parece promissora ao lado de uma
bela mulher, até que o herói é preso, acusado de provocar uma pancadaria
num bar local.

Confira as agruras deste grande personagem em Ken Parker #39 (formato
16 x 23cm, 104 páginas, R$ 25,00), na trama Ódio Antigo, com argumento
e roteiro de Giancarlo Berardi e arte de Ivo Milazzo e Giorgio Trevisan,
num lançamento da Editora Tapejara.