O retorno de Nightwatch
A Marvel Comics está limpando a poeira de um de seus mais obscuros - e infames - personagens: Nightwatch.
O herói terá uma participação em She-Hulk # 5, revista que será distribuída em junho deste ano. O enredo é de Charles Soule e a arte é de Ron Wemberly. A capa da edição foi ilustrada por Kevin Wada.
Nessa aventura, Mulher-Hulk e Felina investigam um mistério que envolve todo o Universo Marvel.
Se você não sabe quem é Nightwatch, existe uma explicação simples para isso: o personagem é irrelevante.
O Dr. Kevin Barry Trench, alter ego de Nightwatch, surgiu em Web of Spider-Man # 99, em abril de 1993, numa aventura escrita por Terry Kavanagh, com arte de Derek Yanigher e Alex Saviuk. Ele é uma cópia visual deslavada de um personagem muito conhecido, o Spawn, de Todd McFarlane. Não apenas o uniforme do herói é muito similar ao da "Cria do Inferno", mas suas poses e atitudes também são.
Trench vê um herói mascarado ser morto por terroristas. Posteriormente, descobre que ele mesmo era o sujeito morto, após ter vindo do futuro. Ele assume seu destino usando a armadura do herói passa a combater o crime. Nightwatch fez parte do crossover em 14 partes Maximum Carnage, ao lado de outros heróis, como Capitão América, Firestar, Gata-Negra, Venom etc.
McFarlane, junto com Jim Lee, Mar Silvestri, Erik Larsen, Whilce Portacio e Rob Liefeld, haviam deixado a Marvel Comics - no auge de sua popularidade na editora -, para criar a Image Comics, no início de 1992. McFarlane criou Spawn e o personagem foi um sucesso imediato.
Nightwatch não teve o mesmo sucesso. Após surgir nas revistas do Homem-Aranha, ele ganhou revista própria, Nightwatch, que foi publicado entre abril de 1994 e março de 1995. os roteiros eram de Terry Kavanagh e a arte de Ron Lim, Al Milgrom, Mark Tenney e Roy Burdine, dentre outros. A revista foi cancelada após 12 edições.
Sua última aparição - e morte - ocorreu em Spider-Man Unlimited # 14, lançado em dezembro de 1996. Depois disso, o personagem ficou engavetado.
Algumas das aventuras do herói foram publicadas no Brasil, em formatinho, pela Editora Abril, durante a Saga do Clone, em 1996.