Pediatras afirmam que uniformes de super-heróis são prejudiciais às crianças
Um
estudo realizado pelos pediatras Patrick Davies, Julia Surridge, Laura
Hole e Lisa Munro-Davies, na Inglaterra, está levantando algumas calorosas
discussões entre pais de crianças e fãs de quadrinhos naquele país.
Intitulado Danos pediátricos relacionados a super-heróis: uma série de casos, o estudo diz que, apesar de as crianças parecerem bastante inteligentes aos olhos dos adultos, ao ponto de possuírem uma boa capacidade de discernimento entre realidade e fantasia, "o uso de uniformes de super-heróis pode gerar nelas expectativas irreais e conduzi-las a sérios acidentes".
A afirmação foi baseada em apenas cinco escassos exemplos registrados pelos estudiosos, em que crianças fantasiadas extrapolaram a imaginação e tentaram usar poderes inexistentes, resultado em machucados graves que as levaram a ser atendidas em hospital. Eram todos meninos: um deles chegou a tentar voar como o Super-Homem; outro quis aderir às paredes como o Homem-Aranha.
Os pediatras afirmam ainda que nem os próprios uniformes são seguros e podem causar danos às crianças. Difícil é isso ser levado a sério nos Estados Unidos, onde o mercado de fantasias de super-heróis é bastante movimentado e atinge um elevado pico de vendas nas semanas que antecedem o Halloween.
A julgar pelo que expuseram os estudiosos, a partir de agora a exibição de desenhos animados e filmes de super-heróis deveria ser precedida da advertência "Não tente fazer isso em casa", a fim de afastar as crianças de suas fantasias, sejam elas as de pano ou as criadas pela imaginação.