Pixar é a mais nova aquisição da Disney
Os
bons tempos da Disney voltarão? A resposta pode não chegar de imediato,
mas certamente será... sim.
Pelo menos é o que esperam os executivos da companhia, que na semana passada
anunciaram a compra da Pixar, um dos primeiros estúdios de animação
digital no mundo e parceira da Disney em seis filmes que renderam
nada menos que US$ 3,2 bilhões em todo o planeta.
Os US$ 7,4 bilhões investidos na aquisição do estúdio parecem ter sido
uma decisão acertada para uma empresa que vinha perdendo terreno justamente
naquilo que a tornou um dos maiores impérios de entretenimento no mundo.
São os personagens dos desenhos animados da Disney que impulsionam
os produtos licenciados, os parques temáticos e os programas de seu canal
próprio de TV.
Nada mais certo, então, que anexar o centro criativo responsável pelos
maiores sucessos financeiros da companhia nessa área. Afinal, em produções
como Procurando Nemo, Os Incríveis e outros, a empresa se limitou
ao trabalho de injetar dinheiro e distribuir os filmes. A criação dos
personagens e dos roteiros, bem como a realização dos desenhos animados
foi, em sua totalidade, obra da Pixar.
Com o passar do tempo e o sucesso das produções, a Pixar vinha
exigindo uma maior participação nos lucros (50% já não lhe parecia tão
justo), e com a recusa
da Disney o estúdio anunciou o fim da parceria. O rompimento, aliado
ao resultado pouco satisfatório de sua primeira incursão na animação digital
(O Galinho Chicken Little) sem a antiga parceira, contribuiu para
a decisão da Disney em comprar o estúdio.
Depois de amargar desempenhos fracos de seus desenhos próprios nos últimos
anos, a companhia volta agora à liderança do mercado de animação, posição
que detinha até o início da década de 1990.