Primeiro-ministro japonês investirá trilhões de ienes na indústria de mangás
O
primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, é um fã confesso de mangás e animês
que vem realizando
ações de fomento às duas expressões culturais desde quando era ministro
das relações exteriores do país.
Dentre algumas dessas iniciativas está incluída a criação do Prêmio Internacional do Mangá, em 2007, cujo objetivo é promover o estilo de quadrinhos japonês no mundo.
Mas Aso quer ir mais além e deseja incrementar o potencial econômico desse e de outros segmentos afins com um pacote de incentivos monetários.
Segundo escreveu o jornal britânico The Independent, com informações do diário japonês Asahi, o primeiro-ministro planeja transformar em um negócio de exportação economicamente poderoso a popularidade dos quadrinhos, desenhos animados e videogames produzidos no Japão.
Para isso, prometeu investir entre 20 e 30 trilhões de ienes (cerca de 433 a 651 bilhões de reais) para criar 500 mil novos empregos nessas áreas, até 2020.
Somente a Agência de Assuntos Culturais, sediada em Tóquio, almeja receber aproximadamente 12 bilhões de ienes (em torno de R$ 2,43 milhões) para as instalações do futuro Centro de Abrangência Nacional para Arte Mídia. O projeto tem a finalidade de divulgar e promover a cultura contemporânea japonesa, representada pelos mangás, animês e games.
A julgar pela coragem em alardear o pesado investimento em apenas um nicho de mercado, no furor de uma recessão que o país enfrenta em virtude da crise financeira mundial, não é difícil entender por que razão Taro Arso é apontado como o salvador do mercado de mangás do Japão.