Psicólogos afirmam que os super-heróis do cinema são nocivos aos jovens
Os super-heróis de hoje praticam violência sem parar, são agressivos, sarcásticos e raramente falam da virtude de fazer o bem à humanidade.
Esses e outros elementos reprováveis seriam as mensagens e imagens passadas aos jovens do sexo masculino pelo Homem de Ferro, Batman, Homem-Aranha, Super-Homem e toda a galeria de superfantasiados dos longas-metragens de cinema, de acordo com um estudo de psicólogos dos Estados Unidos apresentado na semana passada durante a Convenção Anual da Associação Psicológica Americana.
Sharon Lamb, professora de saúde mental da Universidade de Massachusetts-Boston e orientadora do estudo, disse ao jornal britânico The Guardian que os super-heróis dos gibis de antigamente eram bem mais "bonzinhos" e que a diferença deles para os dos filmes da atualidade é que sujeitos como o Homem de Ferro da tela grande são exploradores de mulheres, exibem joias caras e demonstram sua virilidade usando armas.
Para ela, os meninos são mais ajustados mentalmente quando resistem à interiorização dessas imagens machistas.
Lamb e outros psicólogos chegaram a essas conclusões depois de entrevistar cerca de 700 garotos entre quatro e 18 anos de idade e acompanhar o que eles assistem na TV e no cinema.
A polêmica está lançada. Mas é importante notar que algumas observações da psicóloga sobre o comportamento dos super-heróis dos filmes também são aplicáveis aos dos gibis de hoje, como há três anos o Universo HQ apontou na reportagem Artigo afirma que quadrinhos não são feitos para crianças, que gerou debates entre os leitores sobre o fim da ingenuidade nos quadrinhos dos ícones de capas esvoaçantes.
Para o bem ou para o mal, os super-heróis do cinema podem não passar apenas de um reflexo dos seus originais das HQs.