Quadrinhos da Palavras Projetos Editoriais trazem reflexões sobre guerra, ditadura e escravidão
A Palavras Projetos Editoriais publicou três quadrinhos que provocam reflexões sobre os horrores da guerra, a vida das mulheres da ditadura espanhola de Francisco Franco e da escravidão do Brasil no Século 19.
As três obras estão à venda na Amazon com desconto e frete grátis para assinantes Prime.
Saiba de mais detalhes de cada uma delas abaixo.
Estamos Todas Bem (formato 27,5 x 20,5 cm, 112 páginas, capa dura, R$ 61,00), da espanhola Ana Penyas, graphic novel vencedora do X Prêmio Internacional de Romance Gráfico Fnac-Salamandra Graphic, em 2017.
Por este trabalho, ela recebeu o prêmio autora revelação do Salão de Quadrinhos de Barcelona e o Prêmio Nacional de Quadrinhos, concedido pelo Ministério de Cultura e Esportes.
A obra apresenta de forma intimista a vida de duas mulheres sob a ditadura Franco e as primeiras décadas da democracia espanhola após a Segunda Guerra Mundial, explorando a vivência de uma geração cujas vidas raramente são lembradas. Misturando passado e presente, a partir da memória das avós da autora, a história mostra, por meio de fotografias, ilustrações e colagens, o dia a dia dessas mulheres sob um ponto de vista feminista.
“As mulheres da geração delas, de quem não costumamos cuidar como elas cuidaram de nós, sempre foram personagens secundárias de outras vidas: ‘a esposa de’, ‘a mãe de’ ou ‘a avó de’. Suas anedotas, suas ideias e seu mundo estão aqui neste livro, uma pequena homenagem que quer transformá-las em protagonistas”, destaca Ana Penyas.
Divisão Azul - Um agente infiltrado (formato 20,5 x 27 cm, 72 páginas, capa cartonada, R$ 46,50), do espanhol Fran Jaraba.
No momento em que o mundo acompanha com apreensão o confronto militar e político entre Rússia e Ucrânia, outro conflito que marcou a história da humanidade é o plano de fundo desta graphic novel.
É a história de Santi, um jovem comunista espanhol encarregado de enviar, durante a Segunda Guerra Mundial, informações aos soviéticos sobre a construção da primeira bomba atômica do mundo, realizada em Berlim. Para atingir seu objetivo, o jovem alista-se na Divisão Azul, agrupamento militar fascista formado por jovens voluntários espanhóis que vão lutar ao lado dos nazistas alemães.
Em seu percurso até Moscou, são proporcionadas ao leitor importantes reflexões sobre escolhas e o significado de uma guerra, além dos caminhos da humanidade.
Tate-Rei - Revolta em Paty (formato 20,5 x 27,5 cm, 48páginas, capa cartonada, R$ 38,00), do brasileiro Eduardo Vetillo.
É 1838, e a região ao redor do Rio de Janeiro concentra inúmeras fazendas de café, uma das principais riquezas de um país recém-liberto do domínio português. Ali, os africanos escravizados são a principal força de trabalho, sujeitos a muitos desmandos e maus-tratos. No dia a dia, sobram tensões e um permanente clima de revolta.
Quadro a quadro, o leitor é convidado a mergulhar em um passado de luta e resistência, uma história real que marca a formação do Brasil e dos brasileiros: uma revolta de escravizados liderada por Tate-Rei em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro.