Sangue, ódio, disputas e cangaceiros na trama do álbum Carcará
As violentas disputas entre famílias poderosas e a falta de perspectivas de ascensão social numa região de grande miséria levaram ao surgimento de bandos armados, gerando o fenômeno do cangaço.
Carcará (21 x 28 cm, 96 páginas, R$ 33,00) conta a trajetória de dois fazendeiros, inimigos um do outro, que carregam histórias de sangue e ódio em seus passados.
Na disputa por terras e pela água escassa, naquela região agreste, muitos já tombaram. De um lado, o coronel Emerenciano, como símbolo de um poder oligárquico, dos antigos "coronéis", emanando seu poder por meio da violência, e, do outro, a resistência dos fazendeiros na figura de Ananias, disposto a perder tudo para manter sua honra e a sua família. No meio dessa trama estão vários personagens, entre eles, o famigerado cangaceiro Carcará.
O álbum tem arte e roteiro de Aloísio de Castro e foi selecionado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, por meio do seu programa de incentivo à cultura ProAC.
O paulista José Aloísio Nemésio Brandão Vilela de Castro é publicitário e ilustrador,
e já publicou HQs na antiga revista de terror Calafrio e na Front,
além de ter sido corroteirista da animação Cassiopéia.
Carcará é uma publicação da editora Qualidade em Quadrinhos, por meio do selo BooHQ, e está à venda na Comix Book Shop.