Schultheiss adapta Bukowski em nova edição de Delírios Cotidianos
Na
década de 1980, a L±
foi uma das mais profícuas editoras de álbuns de quadrinhos. É desta época
que vem a primeira edição brasileira de Delírios Cotidianos, em
que o quadrinhista alemão Matthias Schultheiss adapta oito contos de outro
alemão, esse criado nos Estados Unidos desde o três anos de idade: o escritor
Charles Bukowski.
Agora, dentro do seu pacote da 20ª Bienal do Livro de São Paulo, a
editora apresenta uma nova edição do título.
O novo álbum tem o dobro de páginas que o anterior: é porque reúne em
um só volume o que antes eram dois livros: o próprio Delírios Cotidianos
e mais N. York, 95 cents ao dia. Desta vez, o formato é um pouco
menor: 16 x 23 cm, contra os 21 x 28 cm da primeira edição, mas ainda
maior que a edição em mini-álbum de N. York... de 1991, de 13,5
x 20 cm.
Independentemente de detalhes editoriais, as releituras das histórias autobiográficas
de Bukowski são as mesmas: sombrias HQs em preto-e-branco, contaminadas
pelos personagens do autor - tão marginais quanto geniais.
A nova edição de Delírios Cotidianos tem tradução de Suely Bastos
(a mesma das versões anteriores), 152 páginas e custa R$ 29,00.