Semanário Charlie Hebdo envolvido em controvérsia sobre cartuns
Nos
dias 7 e 8 de fevereiro, os representantes do jornal semanário francês
Charlie Hebdo e seus advogados deverão comparecer ao tribunal
para se defender de acusações feitas pela Union des organisations
islamistes de France (UOIF), Ligue islamique mondiale
e a Grande mosquée de Paris.
O motivo são duas caricaturas do profeta Maomé, que haviam sido publicadas no jornal dinamarquês Jyllands Posten, causando enorme controvérsia.
Além disso, a capa da edição traz uma ilustração, de Cabu, com o profeta reclamando que "é difícil ser amado por idiotas".
A edição vendeu 160 mil exemplares (a tiragem normal é de 100 mil) e mais 150 mil exemplares foram impressos no mesmo dia.
O jornal publicou os desenhos em 8 de fevereiro de 2006, em solidariedade a outros veículos, e para defender os princípios da liberdade de imprensa.
A edição foi considerada por Jacques Chirac, presidente da França, como uma provocação.
O semanário se diz vítima de censura e de uma tentativa de transformar a crítica à religião num ato racista.
O semanário Charlie Hebdo, uma publicação que lembra o Pasquim brasileiro, e se utiliza de inúmeros cartuns, foi criado em 1960, como sucessor do periódioco Hara-Kiri.
Atualmente, o jornal é editado por Philippe Val.