Simpósio analisa relação entre RPG e educação
O IV Simpósio RPG & Educação, com o tema RPG: educação, entretenimento
ou violência? acontece nos dias 22, 23 e 24 de setembro de 2006 em
São Paulo, e é destinado aos professores do ensino médio e fundamental,
orientadores de sala de leitura e ludotecas, coordenadores pedagógicos,
diretores, alunos de graduação e pós-graduação e interessados em geral.
Os interessados participarão de uma série de atividades, desde palestras
e mesas-redondas a oficinas e painéis informativos, além de uma oficina
introdutória sobre O que é RPG, para aqueles que não conhecem o
hobby nem a técnica da narração interativa.
O simpósio acontece no campus da Uninove (Rua Guaranésia, 425 -
Vila Maria - São Paulo/SP). As inscrições podem ser feitas no site da
Devir
ou no telefone 0800-110163 durante o horário comercial.
Confira a programação completa e outras informações clicando
aqui.
A realização do evento é da Ludus Culturalis, com apoio da Uninove
e Devir Livraria e o patrocínio da Fundação Volkswagen.
O que é RPG? Esta é uma pergunta muito freqüente entre pais e educadores
que se surpreendem com os jovens lendo e divertindo-se por narrarem histórias
e aventuras. RPG, ou Role-Playing Game (jogo de interpretação), é um hobby,
uma atividade lúdica em que os participantes contam histórias de maneira
cooperativa e têm a oportunidade de desempenhar o papel dos protagonistas,
como numa brincadeira de faz-de-conta com regras.
Desde o lançamento do primeiro RPG conhecido e já se vão mais de trinta
anos, mas muitas pessoas ainda desconhecem por completo essa prática cultural
ou apresentam uma visão distorcida a respeito do assunto.
Nos últimos quinze anos, o fascínio exercido por esta atividade sobre
milhares de jovens no Brasil atraiu a atenção de educadores, pais e pesquisadores
que passaram a observar, ou até mesmo a estudar, a prática do RPG.
Os educadores, observando os aficionados, descobriram no RPG um resgate
das narrativas orais e das experiências compartilhadas, um incentivo à
leitura e à busca por conhecimento. Os aficionados, auxiliando os educadores,
flagraram-se educando.
Em retrospectiva, a reunião de RPG e Educação poderia parecer quase que
uma conseqüência lógica. Mas será isso mesmo? O RPG como hobby ou técnica
narrativa tem lugar nos espaços formais e não formais de ensino? Não seria
esse faz-de-conta moderno apenas mais uma forma de entretenimento escapista?
Ou mais um produto da cultura de massas que, segundo alguns, só serve
para insensibilizar crianças e adolescentes em relação à violência?
Essas e muitas outras perguntas farão parte do IV Simpósio RPG & Educação,
que convida os educadores, coordenadores de ensino a participarem, discutirem
e a formarem sua própria opinião.