Status Comics 8 conta a história da Editora Vecchi
A revista independente sobre quadrinhos Status Comics # 8 (formato 15 x 21 cm, 36 páginas) dedica uma edição inteira à trajetória de uma grande editora brasileira. Em quatro longos artigos escritos por seu editor, Roberto Guedes, o leitor confere muitas informações sobre os bastidores da Editora Vecchi.
A Saga da Família Vecchi – A Vecchi era um negócio de família do setor literário, que nasceu na Itália e se espalhou pela Europa e América Latina. Mas foi no Brasil, com a chegada de Arturo Vecchi, em 1913, que se especializou em folhetins, fotonovelas e álbuns de figurinhas, para rapidamente ascender ao patamar das principais editoras do país. Ainda em 1929, a Vecchi lançaria sua primeira publicação em quadrinhos, Mundo Infantil – Órgão Oficial do Bom-Humor.
Conexão Bonelli – A história da Vecchi está intrinsecamente ligada a uma editora italiana de várias razões sociais que ficaria mundialmente conhecida como Sergio Bonelli Editore. Seu fundador, Gianluigi Bonelli, fugitivo do regime fascista do ditador Benito Mussolini, trabalhou com Lotário Vecchi (irmão mais velho de Arturo) antes de dar início ao seu império editorial na Itália. O leitor confere como a parceria entre as famílias Bonelli e Vecchi rendeu títulos como Tex, Zagor e Ken Parker entre outros, que consagraram os fumetti no Brasil.
Vecchi: do Apogeu à Queda – A Vecchi viveu seus dias de glória na década de 1970, quando da criação de uma redação voltada exclusivamente para os quadrinhos, capitaneada por Otacílio Costa d’Assunção Barros, o lendário Ota. A matéria apresenta os bastidores de criação e lançamentos de revistas como Eureka, Mad, Gasparzinho, Brasinha, Spektro e Sobrenatural – obras assinadas por uma constelação de autores brasileiros e estrangeiros: Julio Shimamoto, John Byrne, Flavio Colin, Steve Ditko, Carlos Chagas, Watson Portela, Mano e Mike Zeck. Mas nem isso conseguiu impedir o esfacelamento da editora causado por decisões administrativas equivocadas.
Western Made in Brazil – E ainda o personagem Chet, que surgiu para pegar carona no sucesso da revista do Tex, e conquistou muitos fãs. Em seu auge, chegou a vender 80 mil exemplares por mês, e foi cancelada apenas na edição #22 devido aos problemas administrativos da Vecchi. Segredos de sua intensa e complicada produção são mostrados aqui, como a saída precoce do cocriador Watson Portela, a entrada de outros artistas como Ofeliano Almeida e Eduardo Vetillo, com destaque para Antonino Homobono Balieiro. E ainda os detalhes sobre a planejada – e jamais produzida – graphic novel do personagem.
A edição traz também uma pinup colorida especialmente produzida para a revista pelo cartunista Bira Dantas. Interessados em adquirir podem entrar em contato no e-mail guedesbook@gmail.com para solicitar preço e formas de pagamento.