Taiwan queima mangá
Causou alvoroço em Taiwan um mangá, que mostrava mulheres deste país sendo forçadas a se prostituírem para uma tropa japonesa, durante a Segunda Guerra Mundial. A história foi feita pelo autor Kobayashi Yoshinori, que cita dois homens de negócios proeminentes de Taiwan, sendo que um deles trabalha como conselheiro sênior do presidente.
Na história, eles afirmam que todas as mulheres eram voluntárias. Os dois homens recusaram-se a confirmar se realmente disseram isso.
Legisladores e protestantes fizeram passeata em frente à maior livraria da capital Taipei, pegando exemplares das revistas e queimando-as do lado de fora. Eles disseram que ficaram furiosos com a maneira como as mulheres do país, que foram mantidas em bordéis do exército japonês durante a guerra, foram retratadas no livro. A multidão ainda gritou frases contra o Japão, e queimou bandeiras japonesas.
Toda essa movimentação fez a venda da revista subir rapidamente.
Um movimento feminino elaborou uma petição, na qual propõe o boicote ao manga. Estão solicitando, ainda, que a situação daquelas mulheres seja explicada em publicações educacionais. “É apenas uma revista, mas pode ser usada por muitos, especialmente, a geração mais nova, como uma maneira conveniente de aprender sobre a história. Mas esta publicação está cheia de erros e distorções, que não são aceitáveis”, disse Ko Su-Iun, executiva geral daFundação de Salvamento das Mulheres, que fica em Taipei.
Wang Ching-feng, o advogado encarregado de pressionar o governo japonês a se desculpar formalmente, afirmou que 360 mil mulheres asiáticas foram forçadas a fazer sexo com 3 milhões de soldados japoneses por dia.