Tragédias e alegrias dos índios em Ken Parker 48
Para a maioria das tribos indígenas americanas, a hospitalidade aos amigos
deve ser vista como algo sagrado. Cabe ao anfitrião não medir esforços
para tomar prazerosa a estada do visitante. Este também deve uma contrapartida:
presentear aqueles que o acolhem.
A partir desse princípio de troca, Ken Parker é recebido
por Mahto, chefe dos dakotas. Ele traz alguns suvenires para as mulheres
e as crianças. Uma tradição, porém, que parece próxima do fim por causa
da chegada predatória do homem branco. Mesmo assim, a vida segue e, com
ela, pequenas tragédias e alegrias do cotidiano da aldeia.
Num contexto cheio de situações do dia a dia indígena, Berardi constrói
um episódio que prioriza não os combates e as tramas policiais que envolvem
seu herói. Procura principalmente ressaltar esse mundo condenado pela
ambição.
A aventura começa quando Parker chega à aldeia, na companhia do mestiço
Nick. Os dois estão à procura de cavalos selvagens, em especial o garanhão
negro que, segundo dizem, é tão inteligente quanto um homem. Por isso,
pede permissão para caçar cavalos nas terras dos índios e é prontamente
atendido. O herói dá uma pausa em suas aventuras para viver intensamente
em contato com natureza, juntamente com um grupo de amigos caçadores.
Ken Parker #48 apresenta a aventura A Raça Selvagem, com
roteiro de Giancarlo Berardi e desenhos de Renato Pollese. O título é
uma publicação da Editora Tapejara.