Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Trem Fantasma lança O homem que matou Lucky Luke

18 julho 2022

Já está em pré-venda pela editora Trem Fantasma O homem que matou Lucky Luke (formato 23 x 32 cm, 72 páginas), de Matthieu Bonhomme. A edição foi publicada em 2016 e recebeu o prêmio belga Saint-Michel de Melhor Álbum no mesmo ano, e o Prêmio do Público no Festival de Angoulême em 2017.

Cavalgando solitariamente por aí, acompanhado de seu cavalo Jolly Roger, Lucky Luke acaba em Froggy Town e, em vez dos irmãos Dalton, o cowboy enfrenta uma irmandade de autoproclamados xerifes, o Clã Bone. Mas os Bone não estão muito contentes com a presença de Luke, que resolveu investigar por conta própria um certo roubo de uma diligência nas redondezas, pressionando as autoridades locais. O que Lucky Luke não poderia imaginar é que tal investigação o levaria a fazer novos amigos, rever velhos, e levaria à… morte?

Aproveitando os setenta anos do personagem criado pelo belga Maurice de Bévère, mais conhecido por Morris, a editora Lucky Comics decidiu seguir o exemplo da Dupuis, com a série Spirou e os seus “Spirous de Autor”, e dar carta-branca a autores para criarem um Lucky Luke ao seu estilo. Como fez Émile Bravo em Spirou - O Diário de um Ingênuo, publicado pela Sesi-SP em 2016 no Brasil, ou como faz a Mauricio de Sousa Produções com a série Graphic MSP.

Assim nasceu O homem que Matou Lucky Luke, com roteiro, desenhos e colorização por Bonhomme. O francês nasceu em 1973, formou-se em Artes Aplicadas e começou sua carreira como quadrinhista sendo assistente de Christian Rossi, desenhista que substituiu Moebius na série Jim Cutlass.

Sem poder mostrar o herói com seu mítico cigarro (limitação imposta pela editora), Bonhomme criou uma narrativa paralela em torno da frustração de não encontrar um único cigarro para fumar. Uma forma inteligente de utilizar a limitação como elemento cômico, justificando a ausência sem quebrar a coerência com o personagem. Morris tirou o cigarro de Lucky Luke em 1983 substituindo por uma palha, e recebendo até mesmo um prêmio da Organização Mundial da Saúde por este feito em 1988.

Bonhomme confessa que aprendeu a desenhar com Lucky Luke. Dentre seus principais trabalhos está Esteban, um caçador de baleias que acaba vivendo aventuras na Patagônia; Texas Cowboys, com roteiro de Lewis Trondheim, que conta várias histórias de western de modo clássico; e Princesa Charlotte, sobre a princesa belga que se tornou Imperatriz do México em 1864.

O homem que Matou Lucky Luke está disponível através da Assinatura do Clube do Trem com 30% de desconto e item exclusivo de colecionador, de R$ 89,90 por apenas R$ 62,90 (+frete fixo de R$ 10,90).

A edição tem entrega prevista para agosto quando inicia a pré-venda da continuação do Lucky Luke de Bonhomme, Procura-se Lucky Luke, publicado em 2021. Nesta sequência, o cowboy está com a cabeça a prêmio por um motivo desconhecido, o que o leva a afastar-se das aglomerações. É andando pelo deserto que encontra três mulheres em perigo, atacadas pelos índios, e resolve ajudá-las. As três mulheres, irmãs, com muita personalidade, são acompanhadas por Lucky Luke. Pelo caminho encontrarão contratempos, e o cowboy ganha espaço para conseguir a confiança das mulheres mesmo com seu mandato de captura.

Mesmo após o falecimento de Morris em 2001, a série clássica de Lucky Luke é publicada até hoje chegando a 81 volumes. A série especial com outros artistas já chega a quatro volumes, o último foi Choco Boys por Ralf König.

No Brasil, a série clássica de Lucky Luke já foi publicado pelas editoras Bruguera, RGE, Círculo do Livro e Martins Fontes. Atualmente sai pela Zarabatana Books, com três volumes até agora contemplando a fase áurea do personagem com roteiros de René Goscinny, um dos criadores de Asterix & Obelix.

É possível adquirir O homem que Matou Lucky Luke no site da editora Trem Fantasma.

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