Com
o lançamento do filme V de Vingança, os profissionais do mercado
norte-americano de quadrinhos estão acompanhando de perto o desempenho
de vendas de produtos relacionados.

Durante anos se disse que os filmes adaptando quadrinhos não resultavam necessariamente num aumento de vendas de gibis.

Mas tudo mudou em 2005, com o lançamento de Sin City. Os encadernados da série venderam muito bem antes, durante e depois do lançamento do longa-metragem nos cinemas, com um aumento substancial atribuído ao público vindo do filme.

Este ano, quem está colhendo os benefícios é V de Vingança, atualmente só disponível como um álbum encadernado. Tanto V quanto Sin City (qualquer um dos álbuns) oferecem ao leitor histórias fechadas, sem necessidade de conhecimento de materiais anteriores.

V, de Alan Moore e David Lloyd, está presente nas listas dos dez álbuns mais vendidos da maioria das grandes livrarias americanas, redes como Borders, Barnes & Noble e Amazon.

Desde o lançamento do primeiro encadernado da série, em 1988, a DC já imprimiu e vendeu mais de meio milhão de exemplares.

Segundo Paul Levitz, publisher da DC, o problema está na distribuição. Quando os quadrinhos americanos tinham ampla distribuição e podiam ser encontrados em qualquer livraria ou drugstore, filmes e seriados baseados em HQ ajudavam nas vendas. A mudança ocorreu quando a distribuição ficou centrada no mercado direto.

Além de V, os novos leitores estão descobrindo outros produtos da DC, como Watchmen, Liga Extraordinária, Sandman, O Cavaleiro das Trevas, e Batman - Ano Um.

Este ano, aproveitando o lançamento do filme em abril, a Panini relançará de V de Vingança no Brasil, em um só volume. Anteriormente, a obra já fora publicada pela Globo, como uma minissérie em seis edições, e pela Via Lettera, em dois livros.