De acordo com informações divulgadas por sua família, o veterano artista John Severin faleceu aos 90 anos, no último dia 12 de fevereiro. Ele morava na cidade de Denver, no Colorado, Estados Unidos, e morreu de causas naturais.

Com mais de 60 anos de carreira, Severin vendeu seus primeiros desenhos em 1932, quando tinha apenas dez anos de idade. Mais tarde, estudou na High Scool of Music and Art na cidade de Nova York. Alguns de seus colegas de classe foram Harvey Kurtuzman, Will Elder, Al Jaffee e Al Feldstein.

Em 1940, Severin se alistou no exército dos EUA e serviu nas batalhas do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.

Ele produziu quadrinhos de diversos gêneros, incluindo os de guerra, faroeste, humor e super-heróis. Foi um dos fundadores da famosa revista Mad, em 1952, e também ajudou a criar outra publicação no mesmo estilo, a Cracked, em 1958 - colaborou para essa revista durante 45 anos.

Um dos poucos artistas remanescentes que fizeram parte dos tempos áureos da editora EC Comics, Severin deixou a editora em meados da década de 1950, quando o mercado norte-americano começou a sofrer pressões e ameaça de censura devido às teorias do psicólogo Fredric Wertham (em seu livro A Sedução do Inocente), que relacionava a delinquência juvenil aos quadrinhos.

Depois disso, foi trabalhar para a Atlas Comics - precursora da Marvel -, para a qual ilustrou séries com histórias do Velho Oeste. Já para a "Casa das ideias", desenhou títulos como The Incredible Hulk, Sub-Mariner e a antologia de guerra The Nam. Durante a década de 1980, trabalhou em The Punisher e Conan e, em 2003, ilustrou a controversa minissérie Rawhide Kid, na qual o caubói foi reimaginado como um herói gay.

Ainda em 2003, ele entrou para o hall da fama do Eisner Award.